Camisa 12 mostra no Sambódromo a luta pela inclusão de pessoas com deficiência
A agremiação, oriunda da torcida organizada do Corinthians, será a penúltima a desfilar no Grupo de Acesso 2, neste sábado, 11 de fevereiro
- Data: 09/02/2023 17:02
- Alterado: 09/02/2023 17:02
- Autor: Redação
- Fonte: Assessoria
Escola Camisa 12
Crédito:Divulgação/SRza Carnaval
O estigma da deficiência transforma pessoas cegas, surdas e com deficiências mentais ou físicas em seres incapazes, indefesos, sem direitos. No entanto, nos últimos tempos, a percepção sobre as pessoas com deficiência vem mudando com a ajuda das redes sociais, influenciadores, sites, filmes, novelas, que fazem aflorar opiniões e debates que ajudam a diminuir preconceitos.
E, neste carnaval, a luta pela inclusão ganha ainda mais força! O tema será enredo da escola de samba Camisa 12. Desenvolvido pelo carnavalesco Delmo Morais e pelo diretor artístico Claudio Cebola, o enredo tem como título: “Da Inclusão à Superação. Todos Somos Iguais. Sou um Campeão”. Esse é um projeto que vai dar mais visibilidade à luta das pessoas com deficiência. A agremiação, oriunda da torcida organizada do Corinthians, será a penúltima a desfilar no Grupo de Acesso 2, neste sábado, 11 de fevereiro, no início dos desfiles no Anhembi.
Para o defensor público federal André Naves, especialista em Direitos Humanos e Sociais, é de extrema importância que a luta pela inclusão social de pessoas com deficiência ganhe cada vez mais espaços, a fim de levar maior conscientização às pessoas; além de cobrar mais iniciativas do poder público por soluções que facilitem o dia a dia dessa população. André Naves faz questão de elogiar a torcida corintiana por sua luta ativa pela inclusão social e por maior acessibilidade nos estádios de futebol.
“A torcida do Corinthians merece aplausos. Sempre na defesa da democracia e da inclusão social! E a escola de samba Camisa 12, nascida na torcida corintiana, ao trazer um samba-enredo sobre inclusão social e paradesporto, reforça a importância da luta pela inclusão! Além dos impactos causados pelas limitações físicas ou psíquicas, a exclusão social de pessoa com deficiência traz consequências desastrosas. A falta de acessibilidade na mobilidade urbana, por exemplo, muitas vezes tira o ânimo de sair de casa porque a pessoa já prevê as dificuldades que enfrentará. Queremos ver mais atitudes como essa da escola Camisa 12 nas redes sociais, novelas, em toda a nossa sociedade”, declarou o defensor público.
O combate ao capacitismo alcançou recentemente mais espaço também na TV aberta. A autora Glória Perez mostra na novela “Travessia”, da TV Globo, o drama cotidiano de uma advogada cadeirante. A atriz Tábata Contri, que interpreta a personagem Juliana, vem expondo o sofrimento físico e emocional que milhões de brasileiros que têm limitações enfrentam Brasil afora.
De acordo com o IBGE, 24% da população do país – cerca de 50 milhões de brasileiros – têm alguma deficiência.