FecomercioSP tenta reverter exigência de vistos para Canadá, EUA, Austrália e Japão
Para o Conselho de Turismo da Entidade, mais burocracia significa menos atração turística e prejuízo ao empresariado
- Data: 24/03/2023 12:03
- Alterado: 24/03/2023 12:03
- Autor: Redação
- Fonte: Imprensa FecomercioSP
Crédito:Divulgação/ Freepick
Em representação às empresas do setor de turismo, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), por meio de seu Conselho de Turismo, se mobiliza na tentativa de revogar o decreto que exige vistos para passaportes estadunidenses, australianos, japoneses e canadenses. Por isso, enviou aos principais agentes públicos do setor no País, assim como para parlamentares do Congresso Nacional, ofícios que apresentam argumentos e dados sobre os prejuízos que a medida pode trazer.
Segundo a Federação, menos burocracia atrai mais turistas e mais gastos para a cadeia. De acordo com dados do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC), economias do G20 têm potencial de atrair um adicional de 122 milhões de turistas e gerar uma exportação no setor de US$ 206 bilhões em simplificações dos processos de vistos. Países da América do Sul, como Chile, Colômbia, Peru e Argentina, não exigem visto dos cidadãos norte-americanos, por exemplo. Consequentemente, tornam-se mais atrativos aos turistas.
Atualmente, os Estados Unidos são o segundo país com desembarcados no Brasil, principalmente por meio aéreo – e fica atrás somente da Argentina. Em 2022, entraram no País 441 mil estadunidenses, 54,2 mil canadenses, 25 mil australianos e 17,6 mil japoneses, os quais respondem por cerca de 15% do total de turistas que ingressam em terras brasileiras. Frente aos números, a FecomercioSP afirma que é preciso ter um olhar atencioso a estes países.
Segundo levantamento realizado pela Gerência de Inteligência Mercadológica e Competitiva da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) em conjunto com a Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata), as compras de passagens para o Brasil, no último verão, foram lideradas pelos Estados Unidos – cujo público é o que mais gasta no País. O Ministério do Turismo aponta que, em 2016, os turistas estadunidenses despenderam, em média, US$ 1.234, mais que o dobro dos argentinos (US$ 549). Dados positivos para um dos setores que mais sofreram durante o período de restrições impostos pela covid-19. De acordo com informações da FecomercioSP, o segmento deixou de faturar, entre 2020 e 2021, cerca de R$ 120 bilhões.
Para Guilherme Dietze, assessor técnico do Conselho de Turismo, a isenção unilateral beneficia o turismo ao incluir os passageiros que decidem por impulso e motivados por promoções. “O visto é uma barreira, especialmente nestes casos. Outros países com interesses comercial e turístico no Brasil devem ser avaliados, para que se alinhe este tipo de ação com outras de comércio exterior e parcerias estratégicas”, finaliza.
Sobre a FecomercioSP
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