Cidade Tiradentes ganha primeiro Centro de Acolhida para Adultos

O distrito de Cidade Tiradentes, na Zona Leste da cidade, recebeu nesta terça-feira (28) um novo equipamento voltado para resgatar a autonomia de adultos em situação de rua que vivem na região: o Centro de Acolhida para Adultos (CA) Dom José Caminho Saracho. Com capacidade para acolher até 70 homens em vulnerabilidade social, além de dormitórios, o Centro disponibiliza banheiro com chuveiro, café da manhã, almoço e jantar, e tem como objetivo a construção da autonomia e da inserção dos beneficiários no mercado de trabalho por meio de oficinas e capacitação profissional.

“Neste equipamento as pessoas contarão com toda a equipe dando um suporte para fazer com que vocês sejam acolhidos, amados e tenham estrutura para se reinserir no mercado de trabalho. Tudo para que vocês consigam seguir a vida com dignidade, este é o nosso grande esforço”, disse o prefeito Ricardo Nunes aos conviventes durante a inauguração.

No novo equipamento, haverá acompanhamento psicológico, além de reuniões com atenção à saúde e atividades ocupacionais e temáticas com os acolhidos e familiares.

“Em nome de todos os meus amigos eu gostaria de agradecer o privilégio de estarmos aqui, com uma nova oportunidade para podermos nos estruturar, a nos capacitar para o mercado de trabalho, nos reintegrando ao meio social por meio deste trabalho. Só tenho que agradecer a toda a equipe, a todos os funcionários, por este trabalho tão importante para nós recomeçarmos as nossas vidas”, disse o convivente Jonathan Rocha.

Além desse serviço, a região possui mais um serviço de acolhimento, voltado para crianças e adolescentes. “Agora, a gente passa a ter vaga para todas as pessoas em situação de rua que desejam. Portanto, a Prefeitura cumpre um papel importantíssimo de ofertar a vaga para as pessoas em situação de rua que desejam”, completou o prefeito.

A Prefeitura investiu R$171.952,8 na fase de implantação do serviço e, dentre as ações de melhorias realizadas no imóvel, estão a reforma e pinturas dos cômodos, e a adaptação para acessibilidade no espaço.

“Em São Paulo, o Censo no mostrou que, embora tenha havido pequenas alterações de perfil de quem está em condição de rua, os homens continuam sendo a maioria. E abrir espaços humanizados e acolhedores é a nossa meta no serviço de acolhimento da cidade. Este é mais um deles, onde a pessoa que chega aqui terá não somente uma cama pra dormir, um banheiro com chuveiro pra tomar um banho, o café da manhã, o almoço e o jantar, mas é um espaço também de requalificação para que, através de todo atendimento social que ofertamos aqui, a pessoa tenha a chance de recomeçar sua vida”, afirma o secretário de Assistência e Desenvolvimento Social, Carlos Bezerra Jr.

Associação Cultural Nossa Senhora da Graça

O serviço é administrado pela Organização da Sociedade Civil (OSC) Associação Cultural Nossa Senhora da Graça, que conta com 12 serviços em parceria com a SMADS, sendo eles: cinco Centros de Acolhida (CA), dois Serviço de Acolhimento Institucional para Crianças e Adolescentes (SAICA); um Serviço de Assistência Social à Família e Proteção Social Básica No Domicílio (SASF); um Centro de Desenvolvimento Social e Produtivo para Adolescentes, Jovens E Adultos (CEDESP), um Centro Dia para Idosos e uma República para Jovens.

“Nós vamos conseguir contemplar todas as pessoas que procurarem por um acolhimento aqui nesta região. É o nosso povo, que não ficará mais na rua, pois temos um lugar digno para poder se acolher”, destacou o fundador da Associação Cultural Nossa Senhora da Graça, Frei Robson.

Rede Socioassistencial

A Prefeitura de São Paulo possui a maior rede socioassistencial da América Latina que conta, atualmente, com quase 21 mil vagas de acolhimento para população em situação de rua. Dentre os serviços estão os Centros de Acolhida para População em Situação de Rua, Repúblicas para Adultos, Núcleos de Convivência para Adultos em Situação de Rua, dentre outros serviços da rede.

Além disso, a SMADS atua com 27 equipes de SEAS (Serviço Especializado de Abordagem Social) que percorrem diariamente as ruas da cidade realizando abordagem a pessoas em situação de rua. O trabalho de SEAS tem como foco desencadear o processo de saída das ruas e promover o retorno familiar e comunitário, além do acesso à rede de serviços socioassistenciais e às demais políticas públicas.