Presidenta do sindicato dos metroviários é alvo de ameaças de morte e ataques racistas
Ataques começaram pós greve por redes socias e e-mail diretos para o Sindicato dos Metroviários
- Data: 29/03/2023 11:03
- Alterado: 29/03/2023 11:03
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Crédito:Metrô do Estado de São Paulo
Desde o anúncio do final da greve dos metroviários na cidade de São Paulo, na última sexta-feira (24), Camila Lisboa, presidenta do sindicato da categoria, vem recebendo ameaças de morte com conteúdo racista e misógino de perfis de extrema direita, nas redes sociais.
Camila recebeu ameaças particulares por meio de mensagens. Os extremistas também enviaram um e-mail ao Sindicato dos Metroviários de São Paulo ameaçando um ataque à sede. Grupos bolsonaristas veicularam imagens e redes sociais de outros dirigentes do sindicato, juntamente com xingamentos e mensagens de ódio.
O sindicato emitiu uma nota denunciando a tentativa de intimidação. “Desde já reafirmamos que essas ameaças não irão nos calar. A categoria metroviária seguirá sua luta por direitos, por um transporte público de qualidade e pela catraca livre “.
O órgão repudiou os ataques violentos que se tornaram frequente nos últimos anos.
“Além disso, o poder público e a Justiça devem atuar em favor da proteção dos dirigentes sindicais e da célere investigação, apuração e punição dos criminosos “, conclui a nota.
Após registrar um boletim de ocorrência eletrônico, representantes do sindicato, parlamentares e apoiadores devem comparecer na Delegacia de Crimes Cibernéticos, nesta quarta-feira (29).
Camila Lisboa foi uma das principais figuras públicas da greve que paralisou o metrô de São Paulo durante a última quinta (23) e parte da sexta-feira (24). O grupo reivindicava o pagamento do abono salarial, a revogação de demissões por aposentadoria e novas contratações.
A proposta do sindicato de que a categoria trabalhasse normalmente, com a condição da população não pagar a tarifa da passagem, foi inicialmente aceita. Entretanto, o governo do Estado de São Paulo acionou a Justiça para proibir a catraca livre, resultando na paralisação da categoria.
Fonte: Notícia Preta