Diadema cria rede de afroempreendedores de costura e arte

Série de formações da Economia Solidária devem durar um ano e finalizar com um desfile de moda afro

  • Data: 05/04/2023 08:04
  • Alterado: 31/08/2023 22:08
  • Autor: Redação
  • Fonte: PMD
Diadema cria rede de afroempreendedores de costura e arte

Crédito:Mauro Pedroso

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A Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho de Diadema (SEDET), por meio da Incubadora Pública de Empreendimentos Populares e Solidários, deu início na noite de ontem (03) à um curso de corte e costura especializado em moda afro, voltado para empreendedores negros e negras.

As aulas, que acontecerão na unidade II da Fundação Florestan Fernandes, abordarão não só a prática de corte, costura, modelagem e artesanato, mas também noções de História Africana, Economia Solidária, Gestão de Empreendimentos e Gestão de Rede.

“Essa atividade é a primeira ação dentro de um projeto de afroempreendedorismo, viabilizado por meio de emenda parlamentar,” afirmou Mariana Giroto, chefe da divisão de Geração de Trabalho e Renda da SEDET. “A Patty Ferreira, enquanto secretária de Desenvolvimento Econômico, sempre investiu e priorizou esse projeto, uma vez que as afroempreendedoras são prioridade como público atendido na política de economia solidária.”

Mariana explicou aos alunos que, além das aulas, estão previstas também a formalização da rede, assessorias na comunicação e na comercialização, apoio jurídico e contábil. O projeto tem duração de um ano e será realizado em parceria com a Unisol Brasil, responsável não só pela formação, como também pela aquisição de tecidos e outros materiais para as aulas.

“A partir deste curso de corte e costura com especialização em moda afro, esperamos que surjam vários empreendimentos, que contarão com assessoria em marketing para criação de logomarca e inserção nas redes sociais, tudo no âmbito da Economia Solidária,” aponta Jerônimo de Almeida Neto, coordenador do projeto pela Unisol. “É uma forma de fazer com que o produto do trabalho desses empreendimentos seja utilizado aqui mesmo na cidade de Diadema e que as pessoas possam trabalhar em rede de uma maneira organizada e acompanhada pela SEDET.”

Segundo Márcia Damasceno, coordenadora de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (CREPPIR) da Prefeitura, esse projeto foi previsto no Plano da Igualdade Racial, que acabou de completar um ano. “É muito importante abordar a História Africana não só no âmbito da Educação, mas também no Trabalho, na Saúde… É mais um ponto dentro de uma política da Prefeitura de combater o racismo, a fim de ajudar a desconstruir resistências à cultura negra e mostrar toda a beleza e o legado que ela traz. Às vezes nos espelhamos muito em modelos eurocêntricos que nos são impostos, de uma África somente explorada, como se não houvesse nada que pudéssemos valorizar,” pontua a coordenadora.

Michelle Cristina Carvalho Pinto, dona de casa e moradora do Serraria, soube do curso por meio de uma prima: “O que mais me interessou foi a questão do empreendedorismo. Eu já trabalho com bolo de pote, mas o corte e costura sempre me interessou e agarrei essa oportunidade.” Michelle ficou muito contente ao descobrir que o curso abordará a questão da herança africana. “Eu mesmo tenho 39 anos mas me ‘descobri’ como negra, no sentido de ter orgulho da minha raça, há uns cinco anos apenas. Às vezes eu quero me vestir bem negra mesmo, mas é difícil encontrar roupas que reflitam essa ancestralidade, essa minha origem. Por isso que essa ação da Prefeitura é importante. Eu recomendo a todos que venham, é um projeto maravilhoso!”

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