Gleisi segue Dirceu e diz que PT vai precisar de mais de 4 anos para consolidar projeto
Na avaliação de Dirceu, seria preciso ao menos 12 anos de governos aliados para "um projeto de desenvolvimento nacional"
- Data: 13/04/2023 12:04
- Alterado: 13/04/2023 12:04
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Gleisi Hoffmann
Crédito:Marcelo Camargo/Agência Brasil
A presidente do PT, Gleisi Hofmann, afirmou nesta quinta-feira, 13, que o PT vai precisar de mais de quatro anos – tempo do atual mandato conferido ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – para consolidar seu projeto de País. A manifestação se assemelha à que foi feita pelo ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, para quem Lula deveria concorrer à reeleição.
Nas palavras de Gleisi, um projeto de mudança no País não se faz em só quatro anos. “Precisa de mais tempo”, afirmou a dirigente no seminário de comunicação promovido pela sigla a filiados e assessores parlamentares. Durante a abertura da roda de conversa que vem em meio às críticas sofridas pelo Executivo após a Receita Federal ampliar o cerco contra a sonegação de impostos promovida por e-commerces estrangeiros, a presidente do PT disse ser preciso garantir que o governo dê certo.
“Queremos que esse governo dê certo. Essa é a grande oportunidade que o povo nos deu, de governar de novo esse país depois de tudo o que aconteceu. Não podemos perder essa oportunidade”, declarou Gleisi Hoffmann, uma das aliadas mais próximas de Lula e voz influente no Palácio do Planalto.
Embora tenha dito durante a campanha que não pretendia concorrer à reeleição, Lula dá sinais de que pode, sim, disputar um quarto mandato em 2026. Como revelou o Estadão/Broadcast Político em 9 de fevereiro, o presidente foi aconselhado por aliados a deixar clara a possibilidade de ele mesmo ser o candidato nas próximas eleições, como forma de estancar uma disputa nos bastidores pela sua sucessão. Hoje, o favorito para o posto é o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Em entrevista à RedeTV! na semana passada, José Dirceu ressaltou que os 12 anos de um mesmo projeto de País à frente do governo não significa, necessariamente, apenas gestões petistas. Ressaltou, no entanto, que não vê outro nome para disputar as próximas eleições para além de Lula.