Concertos especiais da Osesp celebram Dia Mundial do Meio Ambiente
Orquestra toca na Sala São Paulo e no Teatro B32, entre 01 e 05/jun; apresentação de sexta (02/jun) terá transmissão ao vivo no YouTube da Osesp.
- Data: 26/05/2023 08:05
- Alterado: 26/05/2023 08:05
- Autor: Redação
- Fonte: Osesp
Crédito:Gabriel Hirga
Pelo segundo ano consecutivo, a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp irá celebrar o Dia Mundial do Meio Ambiente apresentando um programa especial para esta data, com obras que de alguma maneira se inspiram na natureza e buscam sensibilizar sobre a urgência de preservarmos o planeta. Comemorado anualmente em 05 de junho, o Dia Mundial do Meio Ambiente foi criado pela Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) em 15 de dezembro de 1972, e tem o objetivo de chamar a atenção para os problemas ambientais e a importância do cuidado com nossos recursos naturais, que são finitos e precisam ser preservados.
Regida pelo maestro norte-americano David Robertson, a Osesp vai interpretar entre quinta-feira (01/jun) e sábado (03/jun), na Sala São Paulo, a Sinfonia Pastoral do australiano Brett Dean; a peça O que Me Dizem as Flores do Campos, de Gustav Mahler (segundo movimento de sua Terceira Sinfonia, em orquestração de Benjamin Britten); e a belíssima Sinfonia nº 6 de Beethoven, conhecida como Pastoral. Os ingressos custam a partir de R$ 39,60 (valor inteiro), e a performance de sexta-feira (02/jun) será transmitida ao vivo no canal da Osesp no YouTube.
Na segunda-feira (05/jun), quando é celebrado o Dia Mundial do Meio Ambiente, nossa Orquestra mostra uma versão levemente reduzida do programa (sem a peça de Brett Dean) no Teatro B32, localizado na Avenida Faria Lima. Os ingressos para esta data têm valores a partir de R$ 80,00 (inteira).
Após completar seus estudos em sua Austrália natal, Brett Dean (1961-) se mudou para a Alemanha em 1985 para se juntar à Filarmônica de Berlin como violista. Paralelamente à carreira de músico, começou a trabalhar como compositor, dedicando-se exclusivamente a esta última atividade desde 2000, ano em que completou sua Sinfonia Pastoral. Assim como outra Pastoral mais famosa, a obra de Dean também representa o desabrochar dos sentimentos do artista ao viver próximo à natureza, no seu caso, ao se mudar para a costa litorânea de Queensland.
Talento precoce, Benjamin Britten (1913-1976) se identificou ainda jovem com a música e a personalidade de Gustav Mahler (1860-1911), com quem dividia o gosto pela solidão e pela ironia. Foi por sugestão de seu editor que Britten resolveu adaptar o segundo movimento da monumental Sinfonia nº 3 de Mahler para uma orquestra de menores dimensões, com o objetivo de levar a música de seu ídolo às salas de concerto com mais frequência. O ano era 1941 e o revival da obra de Mahler, capitaneado por Leonard Bernstein, ainda teria que esperar pelo menos duas décadas. O que Me Dizem as Flores do Campo foi publicada em 1950 e era o nome original pretendido por Mahler para seu movimento sinfônico. A versão de Britten, para uma orquestra de dimensões mozartianas, retém toda a atmosfera bucólica dos prados de Steinbach, para onde Mahler se retirava para compor. Em tempo de minueto, a exaltação à natureza perpassa todo o movimento, tanto que o próprio Mahler se referia a esta passagem como “a página mais despreocupada que compus, despreocupada como só as flores sabem ser.”
Muita água passou por debaixo das pontes da história nos quase 200 anos que separam a Pastoral de Dean da Sexta Sinfonia de Beethoven. Se hoje em dia mudou nossa relação com a natureza, na medida em que esperamos que ela seja mais responsável do que no início do século XIX, o que não mudou é nossa perplexidade ao desfrutarmos da beleza natural intocada. E talvez seja esta a primeira impressão que nos fica ao ouvirmos a Sinfonia nº 6 de Beethoven, composta entre 1806 e 1808. Este testemunho musical da apreciação de Beethoven pela natureza evoca o bem-estar do ser humano ao percorrer os prados verdejantes, ao nadar em um calmo riacho, ao ouvir o canto dos pássaros, enfim, ao sentir que existe uma interação entre a natureza, o homem e o divino. A Sexta Sinfonia não descreve a natureza ao imitar os efeitos sonoros das aves ou da tempestade, mas nos permite senti-la em sua plenitude justamente por ser música absoluta.
SERVIÇOS
01 de junho, quinta, às 20h30
02 de junho, sexta, às 20h30 – Concerto Digital
03 de junho, sábado, às 16h30
Endereço: Sala São Paulo | Praça Júlio Prestes, 16, Campos Elíseos
Taxa de ocupação limite: 1.484 lugares
Recomendação etária: 07 anos
Ingressos: Entre R$ 39,60 e R$ 258,00 (preços inteiros)
Bilheteria (INTI): Neste link
05 de junho, segunda-feira, às 19h30
Endereço: Teatro B32 | Av. Brigadeiro Faria Lima, 3.732, Itaim Bibi
Taxa de ocupação limite: 490 lugares
Classificação: Livre
Ingressos: Entre R$ 80,00 e R$ 130,00, na bilheteria e nos sites da Osesp e do teatro