Turquia exige que Suécia extradite simpatizantes curdos para entrar na Otan
Sob as regras da Otan, qualquer integrante pode bloquear a adesão de novos membros, e o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, não deve mudar seu discurso
- Data: 26/05/2023 17:05
- Alterado: 26/05/2023 17:05
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
This handout photograph taken and released on June 28, 2022 by Turkish Presidential press office, shows Turkey's President Recep Tayyip Erdogan (R) shaking hands with NATO Secretary General Jens Stoltenberg before the four-way talks on Sweden's and Finland's NATO application ahead of the NATO summit in Madrid. - The leaders of Finland and Sweden met Turkish President Recep Tayyip Erdogan ahead of a NATO summit in Madrid to try to get him to drop objections to them joining, Swedish and Finnish officials said. Erdogan has refused to greenlight the applications from the Nordic pair despite calls from his NATO allies to clear the path for them to enter. (Photo by Murat CETIN MUHURDAR / TURKISH PRESIDENTIAL PRESS SERVICE / AFP) / RESTRICTED TO EDITORIAL USE - MANDATORY CREDIT "AFP PHOTO /HANDOUT/TURKISH PRESIDENTIAL PRESS OFFICE" - NO MARKETING - NO ADVERTISING CAMPAIGNS - DISTRIBUTED AS A SERVICE TO CLIENTS
Crédito:Reprodução
A Turquia tem impedido a adesão da Suécia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), e exige que o país extradite os simpatizantes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) de seu território. A Turquia, porém, não enviou uma lista de nomes, e um funcionário do governo sueco disse que a Suécia não faz ideia de quem são os indivíduos, o que torna a adesão à Otan quase impossível.
Sob as regras da Otan, qualquer integrante pode bloquear a adesão de novos membros, e o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, não deve mudar seu discurso. A adesão da Suécia, então, depende que o atual presidente turco perca o segundo turno das eleições presidenciais neste domingo, mas o cenário o aponta como favorito.
Em uma tentativa de se aproximar da Turquia, o Parlamento da Suécia votou para fortalecer as leis de terrorismo do país no início de maio, tornando ilegal financiar, recrutar ou advogar para uma organização terrorista, bem como viajar para o exterior para se juntar a tal grupo.
Segundo o funcionário do governo sueco, o país havia subestimado a capacidade do PPK de arrecadar fundos dentro do território da Suécia, o que obrigou o país a se mexer.
A lei entra em vigor em 1 de junho, e o secretário-geral da Otan Jens Stoltenberg, reconhece que a Suécia tomou as medidas necessárias para cumprir sua parte da exigência da Turquia.