Explosão de barragem deixa 700 mil pessoas sem água na Ucrânia
As enchentes no sul da Ucrânia, desencadeadas pela destruição de uma represa associada a usina hidrelétrica, destruíram mais de 25.000 casas
- Data: 11/06/2023 09:06
- Alterado: 11/06/2023 09:06
- Autor: Gabriel de Jesus
- Fonte: ABCdoABC
A view shows a flooded area after the Nova Kakhovka dam breached, amid Russia's attack on Ukraine, in Kherson, Ukraine June 7, 2023. REUTERS/Vladyslav Smilianets
Crédito:REUTERS/Vladyslav Smilianets
Na última terça-feira (06/06) um ataque no sul da Ucrânia rompeu a barragem de Kakhovka, região controlada pela Rússia atualmente. Segundo a União Europeia, a explosão configura crime de guerra. De lá para cá, a situação humanitária no país é “extremamente pior” do que antes da destruição da barragem, com 700 mil pessoas sem acesso à água potável, alertou o sub-secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Martin Griffiths.
De acordo com Griffiths, as inundações na Ucrânia, um dos maiores produtores agrícolas do mundo, irá trazer prejuízos inevitáveis a exportações de cereais, além de preços mais altos e menos disponibilidade de alimentos para milhões de necessitados no mundo.
Segundo o sub-secretário da ONU, a Rússia até agora não permitiu que a entidade tivesse acesso à área russa da região para ajudar as vítimas das enchentes.
“O que poderemos ver são essas minas flutuando em lugares onde as pessoas não as esperam”, ameaçando adultos e especialmente crianças, acrescentou Griffiths.
Segundo a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), mais de 25 mil casas foram prejudicadas. Além disso, ainda há muitas pessoas se deslocando da cidade
As enchentes no sul da Ucrânia, desencadeadas pela destruição de uma represa associada a usina hidrelétrica, fizeram com que, inicialmente, 4.300 pessoas foram retiradas da região, segundo as agências russas.
Tanto Kiev quanto Moscou se acusam mutuamente pelo ataque à estrutura, que é considerado um ato de sabotagem durante o conflito.
Segundo informações divulgadas, a Ucrânia alerta que cerca de 42 milhões de pessoas estão diretamente ameaçadas pelas inundações e 13 morreram.