Nada substitui o sangue e a solidariedade humana
A queda nas temperaturas acaba afastando parte dos doadores de sangue
- Data: 23/06/2023 12:06
- Alterado: 23/06/2023 12:06
- Autor: Redação
- Fonte: Fábio Lino
Friendly hospital phlebotomist collecting blood sample from patient in lab. Preparation for blood test by female doctor medical uniform on the table in white bright room
Crédito:Divulgação/Freepick
Além da celebração das festas juninas, o período do inverno também é mercado pelas campanhas nacionais para conscientizar a população sobre a importância da doação de sangue em todo o país. A escolha da época, que coincide com o início da nova estação, é intencional, pois a queda nas temperaturas acaba afastando parte dos doadores.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, de 4 a 5% da população deve ser doadora para que não faltem bolsas de sangue nos bancos e a média de doadores entre os brasileiros é de apenas 1,8%, de acordo com o Ministério da Saúde. Estamos abaixo do ideal com tendência a piora durante os meses mais frios.
O sangue humano é insubstituível e não consegue ser reproduzido em laboratório. Também não há nenhum material orgânico semelhante aos seus componentes que possa ser utilizado em seu lugar, tornando a doação voluntária a única forma de manter o estoque de bolsas sanguíneas. A disponibilidade de sangue para transfusão é crucial para a sobrevivência de pacientes em situações de risco, como cirurgias, emergências médicas e acidentes graves com traumas, além do tratamento de algumas condições médicas.
Após enfrentar sérias dificuldades nos últimos dois anos, o Banco de Sangue do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) busca manter seu estoque com a campanha “Não pule a fogueira, nem a doação de sangue”. Nosso objetivo é buscar doadores para garantir a autossuficiência do nosso hemocentro durante todo o ano.
Doadores de todos os tipos sanguíneos são mais do que bem-vindos, mas o Rh negativo ainda está crítico e precisa de atenção no HSPE. Os centros de coleta de todo o Brasil também precisa de doadores e os níveis de estoque dos tipos sanguíneos variam entre os locais. Considere se tornar doador e converse com seus familiares e amigos sobre essa possibilidade, pois cada doação de aproximadamente 450 ml de sangue salva até quatro vidas e não faz mal à saúde.
Falando nisso, é fundamental combatermos as fake news sobre o tema, como a de que o sangue engrossa após a primeira doação, forçando a doação freqüente e compulsória – isso não é verdade. Todos podem doar sangue desde que tenham idade entre 16 e 69 anos, independentemente da orientação sexual, desde que estejam dentro dos critérios necessários. Também é importante reafirmar a segurança e confiabilidade dos centros de coleta, que utilizam apenas materiais descartáveis e de uso único.
Somos um povo solidário e que tem o altruísmo como parte da cultura. Ajudar quem precisa é uma característica importante e presente em cada um de nós. Procure o posto de coleta mais próximo e ajude a salvar vidas com a sua doação de sangue.
Fábio Lino
Fábio é diretor do Serviço de Hemoterapia do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), parte do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (IAMSPE).
Sobre o Iamspe
O Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo (Iamspe) é o sistema de saúde do servidor público estadual. Com uma rede de assistência própria e credenciada presente em mais de 160 municípios, o Iamspe oferece atendimento a 1,3 milhão de pessoas, entre funcionários públicos estaduais e seus dependentes.
São mais de duas mil opções de atendimento no Estado, incluindo hospitais, clínicas de fisioterapia, médicos e laboratórios de análises clínicas e de imagem, além de postos de atendimentos próprios no interior, os Ceamas, e o Hospital do Servidor Público Estadual, na Capital. O Iamspe é um órgão do Governo do Estado de São Paulo, vinculado à Secretaria de Gestão e Governo Digital.