Colcha de retalhos encerra atividades de Setembro Amarelo em Diadema

Rede articulada de atendimento é importante para que o indivíduo encontre ajuda em qualquer serviço de saúde do município

  • Data: 30/09/2019 15:09
  • Alterado: 30/09/2019 15:09
  • Autor: Renata Nascimento
  • Fonte: PMD
Colcha de retalhos encerra atividades de Setembro Amarelo em Diadema

Colcha de retalhos encerra atividades de Setembro Amarelo em Diadema

Crédito:Divulgação PMD

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Nesta segunda (30/9), usuários do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) da região Norte de Diadema e das Unidades Básica de Saúde (UBSs) ABC, Canhema, Nações, Maria Tereza, Paineiras e Reid e seus familiares participaram da montagem de uma colcha de retalhos com mensagens de incentivo para quem vive momentos de angústia ou tem ideação suicida. Essa foi uma das 43 atividades do Setembro Amarelo, mês dedicado à prevenção do suicídio, realizadas em serviços como UBSs, escolas, Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e Centro de Especialidades Quarteirão da Saúde.

Entre as atividades promovidas durante todo o mês, ocorreram palestras, rodas de conversa, vivências, apresentações de música e de teatro. O objetivo foi discutir o tema, informar e oferecer ajuda a pessoas que passam por esse momento de crise.

No dia 25 de setembro, a sala de espera do Quarteirão da Saúde foi palco para um psicodrama sobre suicídio e Flash Mob com o Coral HumanizaSom interpretando a música “Enquanto Houver Sol”. Quem aguardava atendimento foi convidado a deixar mensagens de motivação em um painel que ficou exposto durante todo o dia.  Já o Programa Mulheres em Movimento realizou, em 27 de setembro, no Centro Cultural Serraria, caminhada e roda de conversa com usuários. Nesse mesmo dia, usuários do CAPS Norte encenaram um telejornal sobre o tema.

Casos

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o suicídio representa 1,4% das mortes anuais em todo mundo. Além disso, é a segunda causa de morte de jovens entre 15 e 29 anos de idade. Neste ano, foram registrados quatro casos de suicídio em Diadema, segundo o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM). Em relação às tentativas, no primeiro semestre de 2019, foram registradas 151 violências autoprovocadas, como envenenamento, objeto perfurocortante, enforcamento, força corporal, objeto contundente, substância quente, arma de fogo, entre outros.

“Vivemos em uma sociedade com um componente tecnológico muito forte, fazendo com que estejamos ligados no mundo, mas, ao mesmo tempo, muito sozinhos. Qual a questão existencial vivenciada que o fenômeno do suicídio crescente está querendo mostrar? É uma questão muito maior que o desejo individual da pessoa acabar com o próprio sofrimento”, analisou a coordenadora de Saúde Mental de Diadema, Denise Miyamoto.

De acordo com a psicóloga da UBS Serraria, Elaine Miranda Silveira Bello Rocha, quem pensa ou tenta suicídio, dá sinais de que precisa de ajuda. “Toda mudança de comportamento é um sinal, seja maior demonstração de sofrimento ou isolamento. Muitas pessoas que tentaram suicídio anunciaram para alguém, mas esse alguém pode não ter levado a sério, achando que era brincadeira ou apenas para chamar atenção. Por isso, quando a pessoa fala algo fora do normal, dê credibilidade, converse com um profissional de saúde porque, às vezes, ela precisa ser apoiada para pedir ajuda”, afirma. “A tentativa e o suicídio também podem estar ligadas à depressão. Quando começam os sintomas depressivos, é preciso cuidar e não desvalorizar”, enfatiza.

Outro fator importante é ter uma rede de apoio confiável, composta por familiares, amigos e serviços de saúde que acolham, escutem e que possam ajudar nesse período. Em Diadema, a rede de atendimento é formada por eixos como Atenção Básica, composta pelas 20 UBSs; Atenção Especializada, incluindo os cinco CAPSs; Urgência e Emergência, como SAMU e Pronto Socorro; além da Atenção Hospitalar, com leitos de psiquiatria no Hospital Municipal. “Nossa rede funciona de modo articulado para que a pessoa possa chegar ao atendimento independente do serviço que ele procure. Para isso, estamos constantemente capacitando os profissionais para que eles recebam esse indivíduo, acolham e façam uma escuta qualificada, articulando e direcionando o cuidado de acordo com a necessidade dele”, garantiu.

Capacitação

Em julho deste ano, a Prefeitura reuniu mais de 300 pessoas no 1º Seminário “O Fenômeno da Violência Autoprovocada: Suicídios, Tentativas e Automutilações” para discutir dados do município, fluxo de atendimento e acolhimento e intervenções.

Serviço:

Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) III Sul/Oeste.

Rua Nelson Rodrigues, 191 – Vila Conceição.

Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) III Centro/Leste

Rua Oriente Monti, 28 – Centro – 1ºandar.

Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) III – Norte

Rua Capibaribe, 193 – Campanário.

Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Álcool e Drogas (AD)

Rua Oriente Monti, 28 – Centro – 3ºandar.

Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) II Infanto Juvenil

Rua Oriente Monti, 28 – Centro – 2ºandar.

Hospital Municipal de Diadema (HMD)

Avenida Piraporinha, 1.682 – Piraporinha.

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  • Data: 30/09/2019 03:09
  • Alterado:30/09/2019 15:09
  • Autor: Renata Nascimento
  • Fonte: PMD









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