Pandora Papers expõe lideranças e gera abertura de investigação em pelo menos 9 países
Pandora Papers que está sacudindo o mundo financeiro de políticos, artistas personalidades do mundo afora
- Data: 05/10/2021 15:10
- Alterado: 05/10/2021 15:10
- Fonte: ABCdoABC
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Neste fim de semana, toda a sorte de matérias e reportagens, estampavam manchetes por diversos meios de comunicação do Brasil e no mundo, toda elas passaram a borbulhar pelas redes de usuários e jornais do planeta, um dos maiores vazamentos de dados já vistos até hoje, era o Pandora Papers.
Mas afinal, você sabe o que é o vazamento da Pandora Papers?
Basicamente, Pandora Papers, trata-se do nome da investigação baseada na exposição de quase 12 milhões de documentos de 14 empresas de serviços financeiros em todo o mundo. O hiper vazamento, revela, tudo sobre a riqueza, e negócios escusos de líderes e governantes de todo o planeta.
A curiosidade fica por conta do nome Pandora Papers, que faz relação ao mito grego da “Caixa de Pandora”, onde é contada a chegada da primeira mulher à Terra e com ela a origem de todas as tragédias humanas dentro de uma caixa que não deveria ser aberta.
O vazamento passa de grandes empresas, passando por figuras como o presidente da Rússia Vladimir Putin, o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair e até o ministro da Economia do Brasil, Paulo Guedes, junto ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ambos são sócios de offshores localizadas secretamente em paraísos fiscais.
Dentre as figuras expostas até agora, estão também nomes de personalidades como a da modelo alemã Claudia Schiffer, a cantora colombiana Shakira, e até o atual técnico do Manchester City, Pep Guardiola, que abriu uma empresa de fachada em Andorra com o objetivo de burlar as taxas e impostos cobrados na Espanha. Além disso, o vazamento expõe nomes sócios de empresas com MRV, Prevent Senior, Riachuelo entre outras grandes conglomerados do país.
Conforme o ICIJ (Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, na sigla em inglês), países como Brasil, Índia, México, Paquistão, Panamá, Sri Lanka, Espanha, República Tcheca, deram início as investigações para apurar as irregularidades de instituições, governantes e cidadãos. As publicações e reportagens do grupo de mais 600 jornalistas do mundo, o ICJI, foram apresentadas no domingo (03), fato que está causando embaraços e abertura de investigações por todo o planeta.
No Brasil, a Procuradoria Geral da República (PGR), já inicia os preparativos para oficiar o ministro da Economia, Paulo Guedes, para que preste esclarecimentos sobre sua offshore. O procurador Augusto Aras, quer saber a offshore está ativa e se houve investimentos fora do Brasil durante o período em que atuou no Ministério da Economia, no governo de Jair Bolsonaro (sem partido).
De acordo com os documentos vazados, além do ministro da economia, sua esposa e filha também são donos da offshore Dreadnoughts, localizada nas Ilhas Virgens Britânicas. As investigações da Pandora Papers, informam que a empresa continua em atividade e tem indícios de que houve investimentos nos últimos 2 anos, justamente durante sua gestão como ministro.
Até o momento, o ICIJ não revelou a origem ou autoria do megavazamento do Pandora Papers. Entretanto, a diferença entre, por exemplo, o Panamá Papers em 2017, e outros vazamentos, está na quantidade de fontes. De acordo com o ICIJ, na ocasião de outros hiper vazamentos, tínhamos uma fonte isolada em apenas um escritório originando todas as informações expostas. Além disto, neste caso, os dados vazados, dão conta de algo em torno de 11,5 milhões de arquivos organizados entre planilhas, e-mails e diversos outros dados.