Itaú Cultural realiza a terceira edição do Crítica em Movimento

Entre espetáculos, debates e oficina, o Crítica em Movimento trata dos pontos comuns e divergentes dos povos latino-americanos

  • Data: 09/09/2019 10:09
  • Alterado: 09/09/2019 10:09
  • Autor: Redação
  • Fonte: Itaú Cultural
Itaú Cultural realiza a terceira edição do Crítica em Movimento

Crédito:Divulgação

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O Itaú Cultural realiza de 10 a 15 de setembro (terça-feira a domingo) a terceira edição do Crítica em Movimento, programação que, neste ano, recebe cinco espetáculos, cinco debates e uma oficina, com convidados da Argentina, Brasil, Chile, Cuba, Paraguai e Uruguai. Assinada novamente em parceria entre o instituto e o crítico de teatro Valmir Santos, a curadoria traz um olhar cênico para as consequências da colonização na América Latina, tendo como ponto de partida a obra As Veias Abertas da América Latina: Cinco Séculos de Pilhagem de um Continente, do uruguaio Eduardo Galeano. Embora a obra seja de 1971, os temas abordados ali sobre o território latino-americano permanecem atuais.

Em busca de mudanças no pensamento crítico, nos sentidos e nas ações do público para essa leitura da história por meio das artes cênicas, a programação começa às 20h do dia 10 (terça-feira) com a mesa O Brasil pertence à América Latina? Participam nela o escritor e crítico literário Julián Fuks e a jornalista Denise Mota – ambos brasileiros – e o produtor e multi-instrumentista Mateo Piracés-Ugarte, mexicano radicado no Brasil. Sob mediação de diretor teatral Pedro Granato, também do Brasil, os convidados refletem sobre a percepção dos brasileiros de pertencimento ou não da América Latina e suas culturas.

A série de encontros segue no dia 11 (quarta-feira), às 19h, recebendo o grupo brasileiro Contadores de Mentira para a apresentação de uma cena de seu novo espetáculo Adiós Paraguay, seguida de um debate sobre a pesquisa de campo feita pelas ideias e rituais daquele país. A encenação aborda de forma fragmentada o tema histórico da Guerra da Tríplice Aliança contra o Paraguai, que durou seis anos e dizimou cerca de 70% deste povo. Na sequência, o crítico Valmir Santos faz a mediação do encontro entre o diretor Cleiton Pereira e a atriz Daniele Santana, integrantes do grupo, com a artista Teresa González Meyer, pesquisadora que ciceroneou o coletivo pela história do povo e das terras vizinhas.

Após uma pausa no dia 12, os debates são retomados na sexta-feira, 13, às 16h, quando os artistas argentinos Rafael Spregelburd e Guillermo Baldo tratam das suas relações com diversas dramaturgias contemporâneas e com a crítica, na mesa Dramaturgias e Fricções de Recepção Crítica. A dramaturga e diretora Marcia Nemer faz a mediação.

No sábado, dia 14, o foco se volta ao desafio de alcançar públicos de todas as idades sem abandonar a criatividade, em A Expansão de Formas e Ideias no Teatro para Crianças e Adolescentes. Mediados pela atriz brasileira Brenda Campos, participam da conversa a atriz e psicóloga chilena María Sepúlveda, o pedagogo e pesquisador teatral cubano Luvel García Leyva e o dramaturgo e diretor brasileiro Amauri Falseti.

No domingo, 15, às 16h, A Relevância das Trocas Artísticas e Culturais entre Países Latinos é o tema que conduz o debate final desta edição do Crítica em Movimento. Para discutir sobre quais são os espaços abertos, nas artes cênicas, para esse diálogo são convidados o cubano Luis Alonso-Aude, criador do Festival Internacional Latino-Americano de Teatro da Bahia, e os brasileiros Felipe Vidal, cocriador do coletivo artístico Complexo Duplo e da plataforma Complexo Sul, e Cris Diniz, responsável pela coordenadoria brasileira do Corretor Latino-Americano de Teatro. A mediação é do ator brasileiro Alexandre Roit, cofundador do Circo Zanni e do Parlapatões, Patifes & Paspalhões.

De 11 a 14 de setembro (quarta-feira a sábado), acontece a oficina Dramaturgia em Movim(i)ento – para participantes previamente inscritos e selecionados –, com a atriz, diretora e professora de teatro Malu Bazán. Os encontros abordam as fronteiras culturais, idiomáticas e políticas na América Latina, por meio da fricção de inúmeras dramaturgias.

Teatro

Em paralelo à programação reflexiva e de formação, o Crítica em Movimento recebe ao longo dessa semana cinco espetáculos, que levam à cena a proposta curatorial desta edição. Abre no dia 12 (quinta-feira), às 20h com Pundonor, da companhia argentina El Patrón Vázquez. Com texto e atuação da atriz Andrea Garrote, que também assina a direção ao lado de Rafael Spregelburd, a peça tem como personagem central uma professora de sociologia que, ao retornar às aulas após uma licença e não conseguir mais lecionar, passa a questionar como sair das relações de poder e como encontrar a liberdade.

O grupo brasileiro Complexo Duplo sobe ao palco no dia 13 (sexta-feira), também às 20h, com Há mais Futuro que Passado – Um Documentário de Ficção. Com direção de Daniele Avila Small, o espetáculo coloca em cena as atrizes Clarisse Zarvos, Julia Bernat e Tainah Longras para tratar sobre o lugar da mulher latino-americana na história da arte, questionando a predominância de nomes masculinos e europeus, bem como a distância entre o Brasil e os países vizinhos.

No dia 14 (sábado), a programação tem dupla sessão. Às 18h, os chilenos da La Negra María Teatro apresentam Cartas de Niños, obra dirigida por María Sepúlveda. Inspirada em cartas e desenhos escritos nessa época pelos filhos de presos políticos, a peça traz o olhar de pessoas que passaram a infância sob a ditadura no Chile. No dia seguinte, às 17h, o Itaú Cultural leva o espetáculo à Paideia Associação Cultural, expandindo a programação para além da sede do instituto.

Nesse mesmo dia, às 22h, é a vez do grupo La Mucca Teatro, da Argentina, com Nunca Nadie Murió de Amor Excepto Alguien Alguna Vez. Com direção de Guillermo Baldo, a peça aborda o amor e a crueldade, materializados em dois corpos que vivem em meio ao amor e à solidão. Ao longo da história o público reconhece mecanismos violentos de sobrevivência.

A programação de 2019 do Crítica em Movimento encerra no dia 15 (domingo), às 19h, com Violeta Parra – Uma Atuadora! Apresentado pelos brasileiros da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz, o espetáculo é uma performance cênico-musical que reúne um repertório de ritmos andinos e brasileiros, em músicas interpretadas pela atuadora Tânia Farias e pelo violonista e compositor Mário Falcão. O foco central da performance é a chilena Violeta Parra (1917-1967), cantora e violonista que virou um ícone da América do Sul ao pesquisar danças e canções populares, projetando a música chilena no mundo.

SERVIÇO

Crítica em Movimento

De 10 a 15 de setembro (terça-feira a domingo)

Debates: dias 10 e 11 e de 13 a 15 de setembro

Espetáculos: de 12 a 15 de setembro

Mais informações nos materiais atachados.

Entrada gratuita

Distribuição de ingressos:

Público preferencial: 1 hora antes do espetáculo (com direito a um acompanhante)

Público não preferencial: 1 hora antes do espetáculo (um ingresso por pessoa)

Estacionamento: Entrada pela Rua Leôncio de Carvalho, 108

Se o visitante carimbar o tíquete na recepção do Itaú Cultural:

3 horas: R$ 7; 4 horas: R$ 9; 5 a 12 horas: R$ 10.

Com manobrista e seguro, gratuito para bicicletas.

Itaú Cultural

Avenida Paulista, 149, Estação Brigadeiro do Metrô

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  • Data: 09/09/2019 10:09
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