Polícia usa bomba de efeito moral para dispersar manifestantes contra Bolsonaro

Poucos apoiadores do presidente se reuniram na avenida Paulista. Grupo de manifestantes a favor de Bolsonaro se reuniu na Rua Pamplona, esquina com a Avenida Paulista

  • Data: 07/06/2020 19:06
  • Alterado: 07/06/2020 19:06
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo
Polícia usa bomba de efeito moral para dispersar manifestantes contra Bolsonaro

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O ato contra o presidente Jair Bolsonaro, que começou no Largo da Batata, na capital de São Paulo, ocorreu pacificamente até por volta das 18h40 quando a Polícia Militar (PM) usou bombas de efeito moral para dispersar manifestantes que estavam na região do bairro de Pinheiros e queriam seguir para a Avenida Paulista.

MANIFESTAÇÃO CONTRA BOLSONARO DURANTE À TARDE NO LARGO DA BATATA

Durante a tarde, a manifestação chegou a fechar as duas vias da Avenida Faria Lima e ocupou parte da Praça até a Igreja Nossa Senhora do Monte Serrante. Embora a maioria dos manifestantes usasse máscaras, o distanciamento de 1,5 metros entre cada pessoa não foi respeitado totalmente.

A Polícia Militar montou um cordão de isolamento na Rua do Pinheiros, na esquina com Rua Mateus Grou por volta das 16h45. Segundo oficiais que acompanham a mobilização, o objetivo é evitar que o protesto anti-Bolsonaro chegue até a Paulista, embora o ato ainda esteja a cerca de 2,5 km da avenida.

O bloqueio foi feito com escudos e policiais que portam armas que disparam balas de borracha e bombas de efeito moral. Um caminhão tanque, que usa jatos de água para dispersar multidões, também foi levado para o local.

A manifestação ocorreu de forma pacífica, com manifestantes ocupando uma extensão de quase 700 metros entre o ponto do bloqueio e o Largo da Batata.

Os líderes do ato se revezam em apenas um carro de som: dirigentes estudantis, do MTST, de torcidas e de grupos antirracismo. Por volta das 18h, eles dispersaram e deram por encerrada a parte mais institucional do ato. Apesar disso, alguns integrantes do grupo optaram por seguir o ato, em frente à barreira montada pela PM.

No meio da tarde, alguns manifestantes entregaram cravos para integrantes da PM no Largo da Batata – referência à Revolução dos Cravos contra os fascistas em Portugal. Alguns policiais aceitaram as flores, mas depois foram orientados a devolvê-las.

O ato contra Bolsonaro teve um pequeno tumulto quando uma pessoa estilhaçou o vidro de uma agência bancária, mas os próprios manifestantes a contiveram e a colocaram para fora do protesto.

Apoiadores de Bolsonaro se reúnem na Avenida Paulista

Em outro ponto da cidade, um grupo de manifestantes a favor de Bolsonaro se reuniu na esquina da Avenida Paulista com a Rua Pamplona, próximo ao prédio da Fiesp. Manifestantes carregavam faixas que pediam “intervenção militar” e com críticas ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

Com bandeiras do Brasil e do Estado de São Paulo, os manifestantes ficaram a maior parte do tempo sobre a calçada, na esquina, sem número suficiente para ocupar as faixas de trânsito. O tráfego de veículos na via não foi afetado entre 11h e 15h30.

Além de pedir “intervenção militar com militar no poder”, alguns manifestantes defendiam interesses de suas categorias profissionais. Duas pessoas carregavam uma faixa que pedia a reabertura de barbearias na cidade. Não houve registro de ocorrências policiais no movimento.

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  • Data: 07/06/2020 07:06
  • Alterado:07/06/2020 19:06
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  • Fonte: Estadão Conteúdo









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