Atos contra governo: Manifestantes fecham Avenida Paulista neste sábado

Terceiro ato nacional contra o governo foi antecipado após denúncias de corrupção e propina na compra de vacinas durante a gestão federal

  • Data: 04/07/2021 09:07
  • Alterado: 04/07/2021 09:07
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo
Atos contra governo: Manifestantes fecham Avenida Paulista neste sábado

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Denúncias de corrupção no governo federal envolvendo vacinas contra a covid-19 fizeram manifestantes voltar às ruas neste sábado, 3, e continuarem na pressão pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro.

Apesar de o distanciamento social ter sido incentivado, houve aglomeração na manifestação que aconteceu na Avenida Paulista. Pelo menos nove quarteirões foram ocupados pelos manifestantes, que em sua maioria usavam máscaras. A organização diz que 100 mil pessoas estavam no ato. A polícia falou em 5,5 mil. “Não tire a máscara, tire o Bolsonaro“, disse um dos militantes no microfone. Os pedidos pelo impeachment de Bolsonaro colocaram também o presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL) como alvo no protesto. Cartazes chamavam o parlamentar de “cúmplice”.

Viemos hoje aqui, em São Paulo e no Brasil todo, para exigir que o senhor Arthur Lira use a sua caneta e abra o impeachment de Jair Bolsonaro“, afirmou em discurso Guilherme Boulos (PSOL). “A voz de milhões de brasileiros vale muito mais do que emendas parlamentares para o Centrão“, completou o político, em referência ao orçamento secreto, esquema repasse de verbas extra-orçamentárias revelado pelo Estadão que beneficia principalmente parlamentares do bloco de Lira no Congresso em troca de apoio político.

“Arthur Lira, você não está na presidência da Câmara dos Deputados para fingir que não tem nada acontecendo nas ruas. Tem gente morrendo de fome, gente morrendo por falta de vacina“, disse o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT).

Outro destaque dos discursos das lideranças partidárias foi o pedido por união, independente do partido. A mensagem que começa a ecoar pela Paulista por meio das caixas de som é de que, independentemente de qual o partido, o País precisa se unir em prol da vida, diante das mais de 522 mil mortes pela covid-19. “Toda nossa energia vai ser concentrada na unidade: unir todos aqueles que querem derrotar o Bolsonaro“, defendeu o presidente do PSOL, Juliano Medeiros.

Apesar do discurso, houve um confronto entre militantes do PSDB e do PCO.  No final da tarde, quando os manifestantes tucanos caminhavam rumo à Consolação, houve trocas de provocações. Uma briga pontual terminou com uma bandeira do PSDB queimada no chão. O grupo logo se dispersou e não houve feridos.

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  • Data: 04/07/2021 09:07
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