Valmet e Klabin juntas em mais um projeto inovador
Multinacional finlandesa se prepara para entregar um de seus maiores e mais importantes projetos para fabricação de papel embalagem no Brasil
- Data: 02/03/2021 10:03
- Alterado: 02/03/2021 10:03
- Autor: Redação
- Fonte: Valmet
Valmet vai entregar a primeira máquina do mundo capaz de produzir papel embalagem utilizando 100% de celulose de fibra curta de eucalipto
Crédito:Divulgação
Após os fornecimentos para o projeto Puma I da Klabin, em Ortigueira (PR), a Valmet está unida novamente à principal produtora de papel embalagem e cartão do Brasil, para mais um projeto inovador. Em 2019, a Klabin, divulgou o maior investimento de sua história: o projeto Puma II, que tem o objetivo de produzir anualmente 920 mil toneladas de cartão Kraftliner de alta qualidade.
Com entrega e início de operação da primeira fase do projeto Puma II, previstos para julho de 2021, a máquina PM27 revolucionará a indústria de papel embalagem, com um novo tipo de Kraftliner, que será produzido com 100% de celulose de fibra curta oriunda do eucalipto – EukalinerTM – que oferece inúmeras vantagens, tais como: melhores resultados de resistência à compressão, melhor qualidade de impressão e a competitividade da fibra de eucalipto.
Após diversos estudos e testes piloto juntamente com a Klabin, a Valmet, líder mundial no desenvolvimento e fornecimento de tecnologias, automação e serviços para os setores de celulose, papel e energia, é a empresa responsável pelo desenvolvimento e entrega da máquina PM27 para a Klabin.
O diretor da linha de negócios de papel da Valmet na América do Sul, Rogério Berardi, explica que esta será a primeira máquina do mundo desenvolvida para produzir papel embalagem utilizando 100% de celulose de fibra curta de eucalipto. “Com a participação do time da Valmet no Brasil e na Finlândia e com o apoio da equipe técnica da Klabin, conseguimos desenvolver tecnologias inovadoras para a PM27 utilizando as melhores ideias de todos os envolvidos. Contamos com um verdadeiro teamwork, para que a Klabin pudesse revolucionar a indústria de papel e celulose”, comenta.
De acordo com o diretor de Tecnologia Industrial, Inovação, Sustentabilidade e Projetos da Klabin, Francisco Razzolini, a Valmet foi selecionada após uma avaliação criteriosa. “Não só pela tecnologia ou pelos custos, mas a Valmet já vinha sendo nossa escolha em diversas áreas, principalmente nas mais relacionadas a utilidades, fibras e secagem. A reputação no setor, o grande time mundial que a compõe, a proximidade no atendimento e com os reforços recentes ocorridos aqui no Brasil, nos deram a tranquilidade para fazer essa opção”, explica.
Além da máquina Kraftliner PM27 OptiConcept M, a Valmet também entregará o sistema de automação Valmet DNA e o sistema de gestão da qualidade Valmet IQ, bem como soluções Valmet Industrial Internet (VII), incluindo uma ampla variedade de aplicativos de previsão e orientação. A multinacional finlandesa vai fornecer também a linha de fibras com o novo sistema Continuous Cooking G3™ e a reforma da secagem. Para esta entrega, o Valmet Training Simulator também fará parte do pacote, que possui o que há de mais moderno em tecnologia e inovações para o setor de papel e celulose.
Sistema de automação e transformação digital
Para o gerente geral do Projeto Puma II, João Antônio Gomes Braga, essas soluções integradas à máquina de papel devem apoiar a transformação digital, permitindo um suporte remoto e fornecendo o acesso externo seguro para gerenciar e solucionar problemas. “Uma máquina de papel gera uma quantidade enorme de dados e, para integrá-la e utilizá-la bem, sabemos que o equipamento deve incluir um pacote de automação, de controle de processos e de qualidade oferecido pelo mesmo fornecedor. Quando todos estão integrados por uma mesma base tecnológica, podemos obter confiabilidade e resultados operacionais melhores”, afirma Braga.
Além disso, um amplo pacote do Valmet Industrial Internet, com sistema de controle da produção, denominado Manufacturing Execution System (MES), está incluído no fornecimento, assim como o pacote de vestimentas Valmet Paper Machine Clothing para start up em todas as posições de vestimentas da máquina PM27.
A parceria entre Valmet e Klabin também inclui a implantação de melhorias nas máquinas de secagem de fibra curta e longa. “As secadoras de celulose que estamos reformando já são de fornecimento original da Valmet e também foram contempladas no contrato. Isso mostra a confiança da Klabin em nossa capacidade e o grande potencial de melhorias que podemos fazer em nossas máquinas, que certamente trarão melhores resultados”, conta o diretor de Celulose e Energia da Valmet na América do Sul, Fernando Scucuglia.
Controle rígido do cozimento para a melhor qualidade da celulose e papel
A linha de fibras do Projeto Puma II é a primeira referência global para o novo sistema de cozimento da Valmet, o Continuous Cooking G3™, lançado em 2018. Ele foi desenvolvido com base nos pontos fortes da geração anterior, a G2, mas com aperfeiçoamentos especiais para a produção em grande escala de pasta de celulose de fibra curta. Essa nova tecnologia se adapta à Klabin, oferecendo um maior controle do digestor.
Scucuglia conta que o desenvolvimento desta tecnologia foi realizado a partir de melhorias sugeridas pelos próprios clientes. “Fizemos uma pesquisa com os principais clientes da Valmet na América do Sul e identificamos que deveríamos trabalhar em aumentar a flexibilidade operacional para absorver variações de matéria-prima e de processo, mantendo os benefícios da geração anterior, tais como baixo consumo de químicos e energia, baixa geração de rejeitos e alto rendimento. A Klabin foi um dos clientes mais ativos neste desenvolvimento em parceria com a Valmet, o que acarretou em uma identificação natural com a tecnologia, que foi a escolhida pela equipe técnica”, comenta.
Razzolini explica que quer atingir números kappa mais altos no novo digestor, para que haja um grau menor de cozimento. “Quando a Valmet apresentou as soluções de controle rígido que podem ser integradas ao digestor, percebemos que isso era totalmente compatível com todos os nossos objetivos para a produção de pasta de celulose de eucalipto não branqueada com alto kappa e o consequente alto aproveitamento da madeira no processo”, conclui.