Mercedes-Benz – No rastro da eletricidade
A Mercedes-Benz lança no Brasil o utilitário esportivo elétrico EQC 400 4Matic, exibe o conceito elétrico EQA e apresenta os esportivos AMG A 35 Sedan e AMG CLA 35 e o SUV GLE 400 d 4Matic
- Data: 12/02/2020 11:02
- Alterado: 12/02/2020 11:02
- Autor: Luiz Humberto Monteiro Pereira
- Fonte: AutoMotrix
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Nos últimos anos, a Mercedes-Benz tem apostado na eletrificação. Modelos já vendidos no Brasil, como o sedã C200 e o cupê de quatro portas AMG CLS 53 4Matic, utilizam o EQ Boost, um motor elétrico que suplementa a potência do motor a combustão nas arrancadas e acelerações – uma tecnologia conhecida como “mild hybrid”, ou híbrido leve. A marca também produz híbridos plug-in, combinando motores a combustão com elétricos que podem ser carregados em tomadas, ainda não disponíveis no país. Mas os investimentos em eletrificação não param e, para exibir as novidades, foi realizado no dia 11 de fevereiro o Mercedes-Benz EQ Electric Intelligence, evento que reuniu a imprensa especializada brasileira, concessionários e tradicionais clientes da marca na capital paulista. A grande atração era o lançamento do EQC 400 4Matic, o primeiro veículo totalmente elétrico da marca alemã comercializado no Brasil. Também foi exibido o EQA, um veículo conceitual elétrico elaborado sobre a plataforma do Classe A, a mais compacta da marca, e que dará origem a um novo modelo em 2021. O foco principal do evento era a eletrificação, porém, a fabricante aproveitou para apresentar três novos modelos com motores convencionais a combustão: os compactos esportivos AMG A 35 Sedan e AMG CLA 35, ambos com propulsor a gasolina, e o utilitário esportivo grande GLE 400 d 4Matic, esse com motorização a diesel.
Baseado na plataforma do utilitário esportivo GLC e produzido na fábrica de Bremen, na Alemanha, o EQC 400 4Matic chega ao mercado brasileiro ostentando um design singular e uma autonomia superior a 440 quilômetros. Com seus 4,76 metros de comprimento, 2,09 metros de largura, 1,62 metro de altura, 2,87 metros de entre-eixos e um peso líquido de 2.495 quilos, o SUV elétrico conta com dois motores assíncronos posicionados nos eixos dianteiro e traseiro, com uma potência combinada equivalente a 408 cavalos e um torque máximo de 77,5 kgfm. Com a tração nas quatro rodas para um melhor desempenho dinâmico, a aceleração de zero a 100 km/h pode ser feita em 5,1 segundos e a velocidade máxima é de 180 km/h, limitada eletronicamente. A parceria com a empresa Enel X viabilizou um inovador pacote de energia que disponibiliza um wallbox instalado com aplicativo exclusivo e um ano de energia gratuita. A Mercedes-Benz oferece um pacote completo de serviços, como garantia estendida para três anos incluindo manutenção pelo mesmo período. Apesar de só começar a ser entregue a partir de junho, o EQC 400 4Matic já pode ser encomendado nas concessionárias, por R$ 477.900. Seus dois principais concorrentes no Brasil serão o Jaguar I-Pace e o Audi E-tron.
Já o EQA ainda não está à venda – trata-se de um veículo conceitual que dará origem ao primeiro modelo compacto totalmente elétrico da marca. Equipado com dois motores, o modelo oferece um sistema de partida que pode chegar a 200 KW, graças ao sistema de escapamento das baterias e a tração permanente nas quatro rodas, proporcionando um desempenho dinâmico. Com uma tecnologia avançada, o veículo alcança cerca de 400 quilômetros. O EQA é um exemplo da evolução da linguagem do design do Sensual Purity: as linhas foram significativamente reduzidas e o painel muda de aparência de acordo com o modo de direção acionado. É produzido com fibras a laser, um design luminoso em forma de espiral que sublinha todo o veículo.
Para rentabilizar a visibilidade proporcionada pela apresentação do primeiro veículo elétrico da marca vendido no Brasil, foram apresentados no Mercedes-Benz EQ Electric Intelligence três novos modelos movidos por combustível fóssil. O mais “acessível” dos três é o novo Mercedes-AMG A 35 Sedan 4Matic, que custa R$ 293.900. Equipado com um novo motor a gasolina de 2,0 litros turbo e quatro cilindros, que entrega uma potência máxima de 306 cavalos e até 40,8 kgfm de torque, proporciona a alta performance habitual dos produtos do portfólio AMG. O sedã acelera de zero a 100 km/h em 4,8 segundos e sua velocidade máxima é de 250 km/h (limitada eletronicamente). Em seu interior, o cockpit digital de 10 polegadas oferece conectividade e qualidade de materiais combinados com o sistema de multimídia MBUX, o conhecido “Hey, Mercedes”.
O Mercedes-AMG CLA 35 4Matic, que custa R$ 299.900, é um cupê esportivo com o mesmo motor 2.0 turbo de 306 cavalos do AMG A 35 Sedan 4Matic. Com transmissão de dupla embreagem de 7 velocidades, tração nas quatro rodas e controle da tração AMG Performance, o esportivo faz de zero a 100 km/h em 4,9 segundos. No interior, o Head-Up Display projeta as informações e transforma o para-brisa em um cockpit digital, proporcionando uma visão direta das principais informações. O painel é composto por duas telas de 10,2 polegadas cada, sendo a tela central sensível ao toque. Em seu exterior, o destaque fica por conta do teto solar elétrico panorâmico, que pode ser facilmente acessado por meio do comando de voz.
Dentro do prestigiado segmento de utilitários esportivos com motor a diesel, o novo Mercedes-Benz GLE 400d 4Matic tem tecnologia de emissões compatível com a diretiva europeia Euro 6 e levou nota A em emissões pelo Programa Brasileiro de Eficiência Energética, do Inmetro. O motor de 3,0 litros e seis cilindros tem uma potência de 330 cavalos e até 71,4 kgfm de torque. Mais conectado, o novo GLE também conta com a tecnologia MBUX, com uma tela de 12,03 polegadas “touchscreen”. Todavia, o preço não permitirá que se torne um SUV muito fácil de se encontrar nas ruas – custa R$ 465.900, quase o mesmo preço do EQC 400 4Matic.
Para reafirmar o marketing “ecologicamente correto” evocado pela eletrificação de seus modelos, a Mercedes-Benz do Brasil fez uma parceria com a empresa Zero Carbon, que calculou toda a emissão de carbono gerada na produção e durante o evento Mercedes-Benz EQ Electric Intelligence. A partir desse cálculo, transformou e emissão calculada em créditos de carbono. Um crédito de carbono é a representação de uma tonelada de carbono que deixou de ser emitida para a atmosfera, contribuindo para a diminuição do efeito estufa. Empresas podem comprar créditos de carbono para compensar suas emissões. Assim, elas indiretamente ajudam a equilibrar o nível de emissões de gases na atmosfera e contribuem para o desenvolvimento sustentável de comunidades carentes. Por meio de outra parceria, essa firmada com a Fundação SOS Mata Atlântica, a fabricante também está lançando o projeto Floresta Mercedes-Benz. Pelo projeto, mais de 13 mil árvores nativas serão plantadas até o final de 2020, o que resultará em uma compensação de mais de 2 mil toneladas de CO2.