Grupos mantêm ato por Bolsonaro mesmo após acordo entre governo e Congresso

O acordo entre o governo e o Congresso para manter os vetos de Bolsonaro ao projeto sobrte como serão gastos os recursos públicos não arrefeceu os movimentos que organizam manifestações

  • Data: 06/03/2020 17:03
  • Alterado: 06/03/2020 17:03
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo
Grupos mantêm ato por Bolsonaro mesmo após acordo entre governo e Congresso

Grupo Avança Brasil continua organizando manifestações mesmo após acordo entre Congresso e Planalto

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A possibilidade de os parlamentares imporem uma derrota ao Palácio do Planalto era um dos argumentos para a convocação dos atos.

“A gente já vinha maturando essa manifestação faz tempo. O que pegou fogo foi a declaração do general Heleno”, disse o coordenador do Avança Brasil, Nilton Caccáos. Na semana passada o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) gerou atrito na relação com o Congresso ao dizer que o Executivo é vítima de “chantagem” de parlamentares.

A partir daí, grupos bolsonaristas começaram a criticar a demora dos parlamentares em votar projetos do governo ou mesmo as ameaças de anular o veto que Bolsonaro impôs às emendas do relator. De acordo com o que foi aprovado, somente um deputado, o relator-geral do Orçamento, Domingos Neto (PSD-CE), definiria o destino de R$ 30 bilhões.

Após o acordo, no entanto, o poder de Neto segue alto. Mas em vez de comandar R$ 30 bilhões, ele terá influência sobre R$ 19 bilhões – o valor inclui uma reserva de R$ 1,5 bilhão. A manutenção dos vetos foi aprovada na quarta-feira, 4, por 398 votos a favor e apenas dois contrários.

Mas a votação não encerrou o debate. O governo enviou três projetos com as novas regras para a distribuição dos recursos, que devem ser votadas na próxima terça-feira, dia 10.

“Não acredito que isso (a votação de quarta) vá esvaziar as manifestações. Esse era apenas um dos temas”, disse Caccáos. A convocação feita pelo Avança Brasil defende pautas genéricas: “Não à chantagem do Congresso, não ao parlamentarismo branco, não às fake news diárias, respeito à Constituição Federal, respeito à divisão entre os Poderes, respeito ao resultado das eleições.”

Um dos organizadores do movimento pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, o Vem Pra Rua não vai participar dos atos do dia 15 de março, mas se engajou contra o Orçamento Impositivo. A ação do Vem Pra rua reforçou uma aposta do governo de atrair os senadores independentes que são contra o Orçamento Impositivo – como é o caso de Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

Até o momento, o grupo contabilizou 25 senadores à favor da manutenção do veto, sendo que são necessários 41 votos. Na Câmara, o quadro mostra que 78 deputados apoiam o veto, sendo que são necessários 257 votos. “A gente continua achando que esse dinheiro total, os R$ 30 bi, devia estar à disposição do Executivo. Em ano de eleição, os deputados vão fazer populismo eleitoreiro”, disse Adelaide de Oliveira, porta-voz do Vem Pra Rua.

Segundo o Avança Brasil, 23 Estados e o Distrito Federal receberão manifestações em ao menos uma cidade. Em São Paulo, o movimento contabiliza a adesão de 38 municípios. Na capital, o ato está marcado para começar às 13h, do próximo dia 15 na Avenida Paulista.

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  • Data: 06/03/2020 05:03
  • Alterado:06/03/2020 17:03
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo









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