50 mil empresas do setor do turismo são fechadas em meio a pandemia
O turismo, um dos setores que mais movimenta capital no mundo, apresentou grandes quedas em 2020 e, no Brasil, em seis meses de pandemia, 481,3 mil empregos foram perdidos
- Data: 03/10/2020 12:10
- Alterado: 03/10/2020 12:10
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
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Um estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgado pelo Estadão/Broadcast, mostra que com a fuga dos habituais visitantes 50 mil estabelecimentos turísticos tiveram de fechar as portas de março a agosto. São bares, restaurantes, hotéis, pousadas, agências de viagens e serviços de transportes, cultura e lazer.
O número representa a extinção de 16,7% dos estabelecimentos turísticos do País, especialmente bares e restaurantes (com o fechamento de 39,5 mil pontos), hotéis, pousadas e similares (5,4 mil) e transporte rodoviário (1,7 mil).
Ainda de acordo com o estudo, em seis meses de pandemia foram fechados 481,3 mil empregos formais no setor ligado ao turismo. Antes do início da pandemia, o setor tinha 3,4 milhões de trabalhadores formais. Agora, o número de vagas no setor recuou 14%.
De acordo com um cálculo feito pela CNC, o setor turístico explorou apenas 26% do seu potencial de geração de receitas nos meses de crise, deixando de faturar R$ 207,85 bilhões entre a segunda quinzena de março e o fim de setembro.
Segundo uma pesquisa anual realizada pelo Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC, na sigla em inglês) em parceria com a Oxford Economics, ligada à tradicional universidade inglesa, o setor de turismo respondeu, em 2018, por 10,4% de toda a atividade econômica do planeta, gerando 319 milhões de novos empregos (um em cada cinco dos que foram criados desde 2014).
O valor total movimentado por essa indústria era calculado em US$ 8,8 trilhões ao ano — quase o dobro do PIB japonês, que é o quarto do mundo (US$ 4,9 trilhões em 2018).