Irmã de Toffoli é investigada por suspeita de nepotismo no TC-SP
O MP paulista abriu inquérito para apurar denúncias de funcionários fantasmas, nepotismo e pagamento de salários acima do teto a servidores do Tribunal de Contas do Município de SP
- Data: 10/07/2020 17:07
- Alterado: 10/07/2020 17:07
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
A irmã do ministro Dias Toffoli
Crédito:Rosinei Coutinho/SCO/STF
A portaria que determinou a investigação assinada pelo promotor Christiano Jorge Santos em maio, foi obtida pelo Estadão nesta sexta, 10.
A irmã do ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal, está entre os investigados, mencionada como exemplo de ‘nepotismo cruzado’ – quando há nomeação de parentes de servidores públicos para cargos públicos em detrimento de qualificações específicas para a função. Segundo o promotor, Maria Esther Dias Toffoli trabalha no gabinete do conselheiro Roberto Braguim, ’em notório uso indevido de cargos públicos’.
Uma segunda investigada é Eliane dos Reis Rubio, que ganha R$ 48 2 mil. O salário é composto pela remuneração como assessora, também no gabinete de Braguim, e pela aposentadoria integral que recebe como fiscal do Tribunal de Contas do município: R$ 24,1 mil para cada cargo.
As supostas irregularidades foram reveladas por denúncia anônima enviada à Ouvidoria do MP. De acordo com o relato, é comum que servidores aposentados sejam nomeados para cargos comissionados, cuja escolha é feita pelos conselheiros da Corte de Contas, e acumulem remuneração acima do limite determinado por lei.
A denúncia fala ainda em débitos de frequência dos servidores comissionados lotados, em sua maioria, nos gabinetes dos conselheiros – indicando que seriam funcionários ‘fantasmas’.