Número de reclamações aumenta 45% nas primeiras horas de Black Friday
Propaganda enganosa lidera as queixas dos consumidores no site Reclame Aqui; no Procon-SP, a maquiagem nos descontos está no topo das reclamações
- Data: 27/11/2020 13:11
- Alterado: 27/11/2020 13:11
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Propaganda enganosa lidera as queixas dos consumidores
Crédito:Reprodução
Desde quarta-feira, 25, o site Reclame Aqui monitora as reclamações dos consumidores em relação à data de descontos. De acordo com o site, até as 6h desta sexta-feira, 27, foram registradas 4.850 reclamações. O volume é 45% maior que o mesmo período da edição anterior e o site tem registrado uma média de 115 queixas por hora quanto à Black Friday.
Entre os principais problemas apontados pelos consumidores, a propaganda enganosa lidera o ranking, com 28,17%, seguido de queixas contra produtos não recebidos (9,89%) e problemas na finalização da compra (8,54%).
De acordo com o site, as lojas virtuais com maior índice de reclamações são a Americanas Marketplace (249), Kabum (164), Magazine Luiza (138), Casas Bahia (127) e Submarino Marketplace (117).
O Procon-SP tem em seu site um espaço específico para quem tiver problemas durante a data comercial. Das 168 queixas já registradas pelo site e pelo aplicativo do órgão de defesa do consumidor, 41 se referiam à maquiagem de desconto, ou seja, às ofertas irreais oferecidas sobre o preço do produto ou serviço.
Em seguida, aparecem 32 reclamações sobre pedido cancelado após a finalização da compra. Os consumidores também reclamaram de produto ou serviço indisponível, não entrega ou demora na entrega e mudança de preço ao finalizar a compra.
A empresa mais reclamada até o momento é a B2W Companhia Digital (americanas.com, Submarino, Shoptime, Soubarato) com 15 reclamações. Em seguida, aparece Via Varejo (Casas Bahia, Pontofrio e Extra.com.br), com 12 queixas, e a Kabum Comércio Eletrônico S/A com 11. O Mercado Livre e a Magazine Luiza aparecem com nove registros cada.
Segundo o diretor-executivo do Procon-SP, Fernando Capez, a defesa do consumidor terá prioridade total na data. “Estamos atentos e as empresas que tentarem transformar essa data promocional em uma dor de cabeça para o consumidor serão punidas exemplarmente”, avisa.
A expectativa é que a Black Friday deste ano registre um novo recorde de vendas. Segundo a consultoria Ebit/Nielsen, a projeção é de alta de 27% nas vendas na comparação com o mesmo período de 2019. Os cálculos consideram as vendas efetuadas entre a quinta anterior e a sexta-feira.
Em 2019, a campanha também trouxe resultados positivos para as lojas online. Segundo a ABComm, entre a quinta e a segunda-feira pós-Black Friday, o e-commerce cresceu 18% em relação ao mesmo período de 2018, chegando a R$ 3,45 bilhões em faturamento. Segundo pesquisa da Ebit/Nielsen, o varejo online faturou em 2019 R$ 3,2 bilhões entre quinta e sexta, representando um aumento de 23,6% em relação ao ano anterior.