Harley-Davidson do Brasil relembra a evolução da suspensão em suas motocicletas
Confira a relação do conforto e do prazer ao pilotar com a suspensão e seus componentes ao longo do tempo
- Data: 15/07/2020 18:07
- Alterado: 15/07/2020 18:07
- Autor: Redação
- Fonte: Harley-Davidson do Brasil
Crédito:Divulgação/Harley-Davidson do Brasil
Não há nada como passar por uma lombada em uma motocicleta sem suspensão traseira, mas também não há nada que pareça tão puramente elementar quanto um quadro hardtail. Como disse, certa vez, Louis Netz, vice-presidente de estilo aposentado da Harley-Davidson, “acho que o atrativo do visual hardtail é a simplicidade, e esse tipo de motocicleta carrega a conotação de ‘rebeldia’. Mas a pilotagem delas é complicada, especialmente em altas velocidades, nas estradas erradas”. Essa relação desconfortável entre estilo e conforto remonta um longo caminho.
A forma moderna das motocicletas com que estamos familiarizados hoje foi desenvolvida na década de 1880 e serviu como uma base na qual muitos dos primeiros fabricantes, incluindo William Harley e Arthur Davidson, construíram as primeiras unidades. Apesar de não serem realmente feitas com base neles, as primeiras motocicletas Harley-Davidson® compartilhavam mais do que algumas semelhanças com os designs de quadros das motocicletas contemporâneas. Isso incluía a “suspensão”, ou melhor, a falta dela.
Mesmo que as estradas do início do século XX fossem, muitas vezes, duras a ponto de serem perigosas, os primeiros designs de quadros para motociclistas proporcionavam conforto ao motociclista com pouco mais do que um banco de bicicleta montado sobre uma mola, que tinha apenas cerca de meia polegada de comprimento. Quanto a articular a suspensão na parte dianteira ou traseira do chassi, os motociclistas teriam que esperar um pouco por isso.
Para o modelo ano 1907, a H-D ofereceu seu primeiro garfo dianteiro com “amortecimento”, que usava duas molas espirais. Às vezes chamado de arranjo de “ligação principal”, a parte suspensa do garfo se fixava a um balancim, que, por sua vez, conectava-se ao cabeçote do quadro. Pelos padrões de hoje, isso ainda era bastante rudimentar, mas, para os primeiros motociclistas, era um passo em uma direção melhor.
O design do garfo dianteiro da mola passou por várias mudanças nas décadas seguintes. Com o tempo, o nome “springer” (já que a palavra “spring” significa “mola” em inglês) veio para evocar um design dianteiro clássico para motocicletas.
Os assentos com conforto aprimorado foram aclamados em 1912, com o “assento totalmente flutuante”, que continha um espigão de selim que se apoiava em duas molas. De acordo com um panfleto de venda de motocicletas de 1913, a busca por alternativas era exaustiva, relatando que “após experimentos cuidadosos com amortecedores, espigões de mola, spankers, trava-tranco etc., todos foram descartados”.
A próxima grande rodada de melhorias notáveis para a suspensão da Big Twin só veio após a Segunda Guerra Mundial. Naquela época, amortecedores hidráulicos eram corriqueiros em automóveis. Os amortecedores hidráulicos funcionam ao amortecerem a ação de uma mola espiral inserida dentro de dois tubos telescópicos com óleo para manter o contato da roda com o solo.
O modelo ano 1949 trouxe os primeiros garfos dianteiros hidráulicos para a linha Harley-Davidson. Na tradição do design H-D, a nova dianteira tinha estilo único e recebeu um nome chamativo. O novo garfo dianteiro Hydra-Glide foi essencial para os esforços de marketing, com apelos como “Para os melhores momentos de sua vida… Tire férias em companhia do Hydra-Glide”.
A suspensão traseira hidráulica veio para as Big Twins no modelo Duo Glide de 1958, a “emoção mais suave sobre rodas”. As estradas e rodovias no pós-guerra eram da melhor qualidade e permitiam viagens mais tranquilas. Isso, por sua vez, levou a motores de motocicleta mais potentes. Os motociclistas poderiam ir mais longe e mais rápido do que nunca, valorizando o conforto durante toda a jornada.
A configuração básica da Duo Glide com amortecedores traseiros duplos montados externamente entre o quadro e o braço da suspensão permanece em muitos modelos da Harley-Davidson nos dias atuais. Ainda assim, enquanto alguns motociclistas optavam por maior conforto, alguns ainda preferiam os quadros de estilo antigo, com extremidades traseiras rígidas (ou hardtail), muitas vezes feitas com estruturas envelhecidas.
Em 1976, um engenheiro do Missouri, chamado Bill Davis, mostrou seu quadro “Subamortecedor” ao estilista Willie G. Davidson e outros profissionais na Motor Company. Davis projetou seus próprios quadros customizados para encaixar amortecedores duplos embaixo do assento. Em uma versão alternativa, colocou amortecedores duplos debaixo da transmissão, tirando-os totalmente de vista. Isso permitiu que a motocicleta tivesse uma suspensão total, mas, ainda assim, mantendo o visual de um quadro hardtail.
A Harley-Davidson, finalmente, comprou os direitos do projeto e, depois de algum desenvolvimento adicional para a colocação de subtransmissão de amortecedores duplos de ação reversa, o modelo FXST Softail® 1984 nasceu. O sucesso foi imediato e a Softail gerou uma nova plataforma de motocicletas H-D®. As Softails chegaram a receber o garfo dianteiro “springer” revitalizado em 1988, somando ao visual já clássico.
A suspensão ajustável a ar veio para os amortecedores traseiros na linha 1985 das motocicletas H-D Touring. Isso permitiu que o motociclista ajustasse a pré-carga, o que significa que a quantidade de deslocamento da suspensão poderia ser facilmente modificada com base na preferência do motociclista.
Para o modelo ano de 2018, a família Softail foi renovada, como resultado do maior projeto de desenvolvimento de produtos da história da empresa. Entre as principais mudanças estava a adoção de uma suspensão traseira monoamortecida, localizada abaixo do assento. A capacidade de ajuste do motociclista passou a ser a mais fácil de todas e nenhum dos estilos clássicos foi sacrificado.
A evolução dos sistemas de suspensão da Harley-Davidson já percorreu um longo caminho desde os primórdios das motocicletas motorizadas, todas sem spankers – quaisquer que fossem elas.
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