Tratamento de câncer: estudo revela expectativas positivas sobre o assunto
Quase 65% dos médicos oncologistas acreditam em uma revolução no tratamento da doença em menos de 30 anos
- Data: 23/09/2020 19:09
- Alterado: 23/09/2020 19:09
- Autor: Izabel Rufino
- Fonte: Agência Brasil
Fiocruz conduziu estudo com onclolgistas sobre tratamento de câncer
Crédito:Erasmo Salomão/Ascom-MS
Como forma de observar e investigar algumas percepções dos médicos oncologistas que atuam tanto no Sistema Único de Saúde (SUS) como no setor privado, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) conduziu um estudo. A ação contou com a aplicação de um questionário com 21 perguntas, que foi encaminhado no ano passado aos médicos associados a 10 sociedades oncológicas.
No total foram obtidas 821 respostas, estas que ajudaram a entender como os profissionais avaliam as possibilidades de aplicar novas tecnologias no tratamento de câncer, bem como, o acesso da população aos recursos disponíveis atualmente. Importante dizer ainda, que a pesquisa foi coordenada pelo ex-diretor do Instituto Nacional do Câncer (Inca), Luiz Antonio Santini, e pelo ex-ministro da Saúde, José Gomes Temporão.
Desta forma, os resultados obtidos sobre uma possível revolução tecnológica nos tratamentos de câncer nos próximos 30 anos, foram os seguintes: 36,29% dos profissionais acreditam que isso é “altamente provável”; enquanto outros 28,66% consideram “provável”; já com índices menores, 14,18% dos oncologistas acreditam em uma revolução, porém não antes de três décadas; além de outros 18,69% que consideram moderadamente provável ou improvável essa hipótese; por fim, 2,18% desconhecem a possibilidade.
Sobre o acompanhamento das inovações tecnológicas, o estudo demonstrou o seguinte cenário: 58% dos profissionais informaram acompanhar regularmente as novidades; enquanto outros 34% fazem isso de forma moderada. No caso da hipótese de incorporação das novas tecnologias no diagnóstico e no tratamento de câncer, as expectativas foram:
- Setor privado com 57,77% dos profissionais otimistas;
- SUS com 40,74% dos profissionais otimistas.
Para 41,9% dos médicos do setor privado, a principal barreira para a implantação de novas tecnologias é a cobertura dos planos de saúde. Já no SUS, entre as principais dificuldades estão a baixa capacidade de diagnóstico precoce na atenção básica (53,63%), a oferta insuficiente de serviços de diagnóstico (50,29%) e a escassez de recursos financeiros (42,24%).
Estudo avalia expectativa sobre monoterapia
A monoterapia se trata do desenvolvimento de uma terapia capaz de tratar o câncer de forma definitiva. Porém, a maioria dos oncologistas está desacreditado sobre o assunto, conforme revelou o estudo: o índice de improvável foi de 39,12%; já o moderadamente provável foi avaliado por 17,37% dos profissionais; ademais, 7,38% acreditam no desenvolvimento em até 30 anos; por fim, 30,99% creem na possibilidade, mas não antes de três décadas.