Em setembro, vendas crescem no Estado de SP

A Pesquisa Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (CRECISP) foi feita com 904 imobiliárias de 37 cidades paulistas, dividindo o estado em 4 regiões. Na Capital, houve aumento de 41,13% nas vendas; e no Litoral, de 8,97%. Situação oposta foi percebida no Interior, que apresentou queda de 2,78%, e na Grande São Paulo (composta pelas cidades de Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Guarulhos e Osasco), com queda de 8,16% no período.

Mesmo assim, o volume de vendas acumulado em 2020 segue positivo, com alta de 62,31% de janeiro a setembro.

As locações tomaram rumo inverso às vendas no Estado. Em setembro, o número de novos contratos de aluguel assinados caiu 7,97% ante agosto. Curiosamente, as duas regiões que apresentaram alta no volume de vendas estaduais também cresceram no número de imóveis alugados: Capital (+1,5%) e Litoral (+13%). Grande SP e Interior tiveram retração nos novos contratos de locação, de 32,49% e 2,42%, respectivamente.

O acumulado em aluguéis de 2020 também fechou positivo em setembro, com crescimento de 22,67%.

Um ano peculiar

O balanço dos 9 primeiros meses de 2020 indica um mercado imobiliário repleto de altos e baixos, evidenciando todas as incertezas atravessadas pelos mais diversos setores da economia neste ano.

As vendas de imóveis residenciais usados refletiram as medidas de isolamento social, em um primeiro momento, alternadas por períodos de estabilidade e otimismo no segmento.

Capital

Na Capital, o ano começou negativo em 40,3% na comparação com dezembro de 2019. No mês seguinte, os negócios pareciam ganhar fôlego, apresentando alta de 65,68% no período.

A chegada do Coronavírus, no entanto, tendo a Capital como epicentro da doença, trouxe um cenário preocupante para as vendas de casas e apartamentos, no trimestre março/abril/maio. Os negócios chegaram a recuar 39,21% na fase mais crítica.

Desde junho até setembro, contudo, a cidade de São Paulo vem se recuperando gradativamente, com índices de vendas positivos para os imóveis usados residenciais, acompanhando as medidas favoráveis à concessão de crédito e à retomada das atividades econômicas.

Em setembro, na comparação com agosto, o crescimento das vendas chegou a 41,13% e o acumulado de vendas de 2020 na Capital está positivo em 76,51%.

Já o mercado de aluguéis de casas e apartamentos na cidade de SP sofreu os reflexos da pandemia de maneira mais rigorosa no período de fevereiro a maio, registrando índices negativos que chegaram a até 41,23%.

Desde junho, no entanto, esse segmento está demonstrando recuperação, com crescimento constante. Em setembro, as locações aumentaram 1,5% na comparação com agosto, acumulando alta de 33,97% no ano.

Interior

O último bimestre (agosto/setembro) analisado pela Pesquisa CRECISP não tem registrado um bom panorama para as vendas de imóveis usados no Interior do Estado de SP. Em agosto, o segmento apresentou queda de 5,86% e em setembro, o índice também ficou negativo em 2,78%, na comparação com os meses anteriores.

Os meses de fevereiro, maio e junho já haviam sinalizado uma retração nos negócios, equilibrada pelos bons resultados obtidos em abril/maio (+ 54,63%) e julho (73,6%).

Com isso, o Interior de SP ainda apresenta um acumulado positivo no volume de vendas de 87,18% ao longo de 2020.

Após os meses de julho e agosto em alta, o número de novos contratos de aluguel assinados nas cidades do Interior de SP que fazem parte da Pesquisa CRECISP caiu 2,42% em setembro. Mesmo assim, o acumulado de 2020 está positivo em 26,22%, mostrando que os negócios não pararam nessa região do Estado.

Litoral

Ao longo do período de isolamento social, o mercado de venda de imóveis usados no Litoral trouxe um relato importante sobre o comportamento dos clientes em geral. Muitas pessoas passaram a demonstrar interesse por casas e apartamentos na praia, optando por deixar a metrópole de lado nesse período de pandemia.

Com isso, o acumulado de vendas anual chegou a 141,32% nas cidades praianas. Vale destacar o bimestre abril/maio, em que os negócios aumentaram 107,35% em relação a março.

Se as vendas estiveram em alta, as locações também não deixaram a desejar no Litoral paulista. O acumulado do ano mostra um avanço de 107,73% no número de novos contratos de aluguel nessa região.

Grande SP

Nas cidades do ABCD + Guarulhos e Osasco, os resultados de vendas nesses 9 primeiros meses de 2020 também têm oscilado bastante. Merece destaque o bom índice positivo obtido em junho (158,42%), que trouxe fôlego ao segmento que, até então, acumulava queda de 50,45% nos negócios realizados.

Na Grande SP, a preferência foi para a compra de imóveis do que para o aluguel ao longo do ano.

O acumulado das vendas (113,75%) superou o índice registrado nas locações nesses 9 meses de 2020, que chegou a 43,28%