Bolsa abre em alta, e dólar opera em forte queda

Mesmo com o recuo expressivo, moeda americana ainda se mantém acima de R$ 5, o que vem acontecendo por toda a semana

  • Data: 20/03/2020 10:03
  • Alterado: 20/03/2020 10:03
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo
Bolsa abre em alta, e dólar opera em forte queda

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A Bolsa de Valores de São Paulo, B3, abriu com alta superior a 2,5% nesta sexta-feira, 20, recuperando o patamar de 70 mil pontos, indo aos 70.060,18 pontos. Já o dólar abriu as negociações desta sexta-feira, 20, em queda de 1,86%, batendo em R$ 5, seguindo a melhora dos mercados internacionais, que, finalmente, estão começando a responder aos estímulos de bancos centrais do mundo inteiro.

Após menos de dez minutos de pregão, o Ibovespa, principal índice do mercado de ações brasileiro, já acumulava ganhos superiores a 4%, passando dos 71 mil pontos.

Por volta das 9h57, a moeda americana mantinha uma baixa firme, de cerca de 1,2%, cotado a R$ 5,04, mas recuando o ritmo de queda e se sustentando acima de R$ 5. Além do cenário mais positivo lá fora, o Banco Central do Brasil tem feito leilões coordenados com o Tesouro Nacional, o que ajuda na redução do valor da moeda.

O analista de câmbio da Ourominas, Elson Gusmão, avalia que o novo leilão do BC com os títulos soberanos ajuda na queda do dólar, mas acredita que o mercado vai querer testar o limite do que o BC considera dólar alto. “Me parece que o BC acordou, estando mais atuante no câmbio”, observa.

Nesta manhã, o anúncio da revisão do PIB do País neste ano pode provocar nova onda de alteração nas expectativas dos investidores sobre a atividade econômica. No mercado, as previsões variam de zero até recessão neste ano.

Nas casas de câmbio, a moeda americana, de acordo com levantamento do Estadão/Broadcast, é negociada entre R$ 5,19 e R$ 5,27. Isso é um bom recuo, já que, na quinta-feira, chegou a ser cotada acima de R$ 5,40.

Nesta manhã, as Bolsas de Ásia e Europa reagiram às perdas, com ajuda de três medidas importantes, que têm protagonismo nas recuperações dos mercados no mundo. A primeira delas é a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de que suprirá dólares a bancos centrais que passam dificuldades com a escassez da moeda americana. A segunda é a do Banco Central Europeu (BCE), que anunciou um novo programa de compra de ativos no valor de 750 bilhões de euros. A terceira é decisão do Banco da Inglaterra (BoE), que voltou a cortar os juros do país.

Até então, por mais que muita coisa estivesse sendo feita, poucas medidas estavam chegando de forma efetiva nos índices de cada país. Nos últimos dias, vários bancos centrais reduziram, por exemplo, taxas de juros, como os Estados Unidos, que reduziram ao patamar da faixa entre 0,25% e 0%, o que não acontecia desde 2008, e até mesmo o Brasil, que reduziu a Selic para o mínimo histórico, 3,75%. Tudo isso deveria servir como ânimo aos empresários, que terão crédito mais barato, mas, mesmo assim, houve quedas em grande parte dos mercados nos últimos dias, inclusive no brasileiro. Segunda e quarta foram dias de queda. Apenas na terça e na quinta-feira, 18, houve recuperação das perdas. Este movimento de “sobe e desce” é visto em todos os mercados no mundo.

Mercados internacionais

Na Ásia, onde o mercado já está fechado, as Bolsas fecharam em alta, com algumas, inclusive, crescendo de forma relevante. Claro, todas elas, mesmo crescendo bem, ainda estão longe de recuperar as perdas por conta dos efeitos da pandemia do novo coronavírus, causador da Covid-19.

Na Europa, a perspectiva é positiva neste momento. Há ganhos próximos de 7%, por volta de 5h, sendo que o menor avanço é de quase 3%. No velho continente, também há um gigantesco “sobe e desce” nas últimas semanas.

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  • Data: 20/03/2020 10:03
  • Alterado:20/03/2020 10:03
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  • Fonte: Estadão Conteúdo









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