Vacina contra o HPV é importante para saúde feminina
A atenção para ISTs devem começar ainda na adolescência, especialista ressalta que anticoncepcional não impede doenças
- Data: 24/06/2021 10:06
- Alterado: 24/06/2021 10:06
- Autor: Redação
- Fonte: Anhanguera
Crédito:Divulgação
A saúde íntima é um elemento importante para a vida das mulheres, mas ainda possui muitos tabus. Com o início da vida sexual, várias meninas passam a fazer uso de medicamentos anticoncepcionais, mas a atenção também deve ser voltada para as Infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Os cuidados ainda na adolescência evitam que problemas surjam na vida adulta sendo importante manter rotina médica e, no mês em que se reforça a importância da vacinação, especialista chama atenção para a imunização contra o Papilomavírus (HPV).
Segundo a docente do curso de Enfermagem da Faculdade Anhanguera, Ellen Leticia Moscardo, o cuidado deve ter início ao final da infância. “Achar que levar a filha ao médico para conversar sobre o assunto pode assustar alguns pais que acreditam que assim podem incentivar o início precoce da vida sexual, mas isso não é verdade, o profissional irá passar orientações para que o adolescente conheça o próprio corpo e como se proteger”, explica Ellen. Ela ressalta especificamente o HPV, IST que é considerada a mais frequente no mundo e é a principal causadora o câncer do colo de útero.
A infecção possui vacina gratuita oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para meninas 9 a 13 anos e meninos de 11 a 14. “Os meninos entraram mais tarde no plano de imunização por serem uma peça importante, se não estão vacinados transmitem a doença para as meninas, o que chamamos de vetores da infecção. A aplicação dessa vacina é feita durante a puberdade, pois garante boa resposta imune e, além disso, a chance de um adolescente ter sido exposto ao vírus é baixa, fazendo com que a eficácia da vacina seja maior”, diz.
A profissional ainda comenta que as adolescentes de hoje apresentam maior diálogo com as mães, quando se trata de anticoncepcionais. “Podemos ver que o tabu está mudando a cada dia e existe um pouco mais de liberdade para conversar sobre métodos contraceptivos, mas ainda é preciso frisar que o os métodos contraceptivos mais comuns inibem única e exclusivamente a gravidez e não as protegem contra doenças”, completa.
A enfermeira explica também os benefícios que os cuidados com saúde feminina trazem na vida adulta, principalmente após a menopausa. A mudança hormonal que acontece após a menopausa, gera um aumento das chances de infarto ou acidentes vasculares cerebrais. “Pode-se dizer que quando a mulher para de ovular é como o fim de uma proteção hormonal, mas se houve cuidado, sendo físico, alimentar e rotina ginecológica, durante a vida menstrual, as chances de a mulher acometer um AVC depois da menopausa é menor”, finaliza.