O que mudou na Câmara de SP? Veja quem ganhou poder e quem perdeu desde 2008

Composição da Câmara em 2021 não sofre mudanças drásticas de representação, mas recebe novos personagens; veja o perfil dos partidos para 2021

  • Data: 17/11/2020 17:11
  • Alterado: 17/11/2020 17:11
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo
O que mudou na Câmara de SP? Veja quem ganhou poder e quem perdeu desde 2008

PSDB tem queda

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PSDB tem queda, PT fica estável e PSOL avança na Câmara Municipal de SP 

O resultado das eleições de 2020 igualou PT e PSDB em número de cadeiras na Câmara Municipal de São Paulo. Enquanto o Partido dos Trabalhadores se manteve praticamente estável em relação à bancada eleita em 2016 — perdeu uma vaga —, a legenda tucana perdeu três assentos. Considerando-se a bancada atual do PSDB12 —, a redução foi de quatro cadeiras.

Hoje, tanto o PSDB quanto o PT têm oito assentos, o menor número desde 2008.

Em 2012, a disputa desidratou agressivamente o Democratas. O partido perdeu cinco das sete cadeiras que tinha. Na eleição seguinte, ganhou duas. A recuperação aconteceu apenas em 2020 quando totalizaram seis posições.

Já o PSOL foi o partido que mais conquistou espaço no Palácio Anchieta. Em 2016, tinha apenas duas cadeiras. Agora, empatada com o DEM, a sigla é a terceira maior da Câmara. Na capital, o PSOL alcançou 212.350 votos.

Novos x Reeleitos

Ao contrário da eleição em 2018, quando a Câmara dos Deputados, em Brasília, renovou 52% das cadeiras, o plenário da Câmara Municipal não teve grandes mudanças. 60% da bancada atual foi reeleita. Dentre os principais partidos, o PT e PSB não conseguiram eleger nenhum nome novo.

Gênero

11 dos 17 partidos eleitos para o pleito de 2021 não elegeram uma representação feminina. O número não sofreu alteração: permaneceram 11 cadeiras para as mulheres e 44 para o gênero masculino. Sem mudança na quantidade, mudam-se apenas os atores e atrizes.

Na nova composição, o PSOL, que tem a terceira maior bancada da casa — empatada com o DEM —, conseguiu alavancar quatro novas representações femininas, sendo uma delas uma candidatura coletiva composta por cinco mulheres. A mulher mais votada é também a primeira vereadora trans da cidade, Erika Hilton (PSOL), com mais de 50 mil votos.

No último Censo, divulgado em 2010, as mulheres eram maioria em São Paulo: eram mais de 59 milhões, equivalente a 53% da cidade. A bancada feminina, com as atuais 11 cadeiras, totaliza apenas 20% dos 55 vereadores eleitos.

Cor/Raça

Fazendo uma rápida intersecção dos dados, podemos ver que o mérito da vereadora-eleita Erika Hilton não se resumiu apenas em gênero, como também por ser a mulher negra mais votada nesta eleição. Milton Leite (DEM), figura marcada na Câmara, conseguiu mais de 132 mil votos em São Paulo e foi o segundo mais votado na cidade.

Entre os 10 mais votados, quatro são pretos ou pardos. Esta mesma dezena mostra que o eleitor valoriza cada vez mais a representatividade no momento da votação. Ainda são necessárias mais ações para que os partidos atinjam uma equiparidade racial, mas a reação demonstrada em 2020 pode servir de termômetro para os próximos pleitos.

Dentre os partidos que conseguiram eleger ao menos dois candidatos, 10 possuem 100% de suas bancadas brancas. Quando analisamos apenas partidos com mais de dois eleitos, esse número cai para metade. Apenas quatro partidos possuem bancadas menos desiguais: o PT, com quatro brancos e quatro representações diversas, o PSOL, com três brancos e três pretos, Republicanos com dois brancos e dois pretos e o PL com um branco e um pardo.

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  • Data: 17/11/2020 05:11
  • Alterado:17/11/2020 17:11
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  • Fonte: Estadão Conteúdo









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