A importância do sistema digestivo para o organismo
Enfermidades na região estão relacionadas, na maioria das vezes, a maus hábitos de vida
- Data: 21/02/2021 16:02
- Alterado: 21/02/2021 16:02
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
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De acordo com a Organização Mundial de Gastroenterologia, 20% da população do mundo sofre de algum tipo de problema gastrointestinal e 90% das pessoas não procuram orientação médica ou então recorrem à automedicação. Isso se torna um problema ainda maior porque o sistema digestivo não tem apenas a função de processar os alimentos.
O intestino delgado, por exemplo, é responsável por manter a saúde de todo corpo ao absorver os nutrientes adequados ao organismo e abarcar a microbiota intestinal (bactérias). Hoje, o órgão é considerado o segundo cérebro. Com mais de 500 milhões de neurônios e 30 neurotransmissores, ele funciona de modo autônomo, sem necessitar do comando do cérebro para exercer suas funções.
Além dele, o sistema digestório é formado por outros nove órgãos, dentre eles a boca, o estômago e o fígado. Dada a relevância do sistema digestivo para a saúde do organismo, as enfermidades que acometem esses órgãos precisam ser tratadas com atenção. Na maioria das vezes, estão relacionadas a maus hábitos de vida, como alimentação inadequada, sedentarismo, tabagismo e estresse.
Exemplos de enfermidades do aparelho digestivo:
– Doença Inflamatória Intestinal (DII): a DII pode ocorrer como retocolite ulcerativa e doença de Crohn. São enfermidades crônicas que estão relacionadas a uma série de condições que envolvem inflamação do sistema digestivo, especialmente o intestino, podendo levar a danos à estrutura dos órgãos. Ambas as doenças afetam partes diferentes do intestino e resultam em sintomas semelhantes, sendo os mais comuns: dores no abdômen, cólicas intestinais, sangramento retal e cansaço
– Síndrome do Intestino Irritável (SII): é uma das enfermidades do sistema digestivo que ocorrem com mais frequência. Os principais sintomas da SII são a dor ou desconforto abdominal, que são aliviadas com a evacuação e eliminação dos gases, diarreia e/ou prisão de ventre e sensação de evacuação incompleta.
– Refluxo gastroesofágico: é caracterizado pelo retorno involuntário e repetitivo do conteúdo, na maioria das vezes ácido, do estômago para o esôfago. Queimação na boca do estômago, dor intensa no peito, tosse seca e doenças pulmonares de repetição, como pneumonias, bronquites e asma são os principais sintomas.
– Cálculos biliares (‘pedras’ na vesícula): a função da vesícula biliar é armazenar a bile, líquido produzido pelo fígado que atua na digestão de gorduras no intestino. Ela é formada pela mistura de várias substâncias, entre elas o colesterol, o qual é responsável pela formação da maioria dos cálculos. A presença das pedras pode impedir o fluxo da bile para o intestino e causar uma inflamação chamada colecistite. Em alguns casos, o paciente pode não apresentar sintomas, mas quando estes ocorrem provocam dor intensa do lado direito superior do abdômen que se irradia para a parte de cima da caixa torácica ou para as costelas. Pode vir ou não acompanhada de febre, náuseas e vômitos. Entre outras doenças amplamente conhecidas também estão a constipação intestinal, a gastrite e a úlcera gástrica.
A melhor maneira de se prevenir da maioria das doenças gastrointestinais é adotando alguns hábitos mais saudáveis no dia a dia, como:
– Manter-se hidratado;
– Aumentar o consumo de fibras, frutas, verduras e legumes;
– Comer pausadamente com regularidade;
– Ter uma boa noite de sono;
– Não fumar;
– Praticar exercícios físicos regularmente.
O diagnóstico precoce também é importante para evitar possíveis complicações que as doenças do sistema digestivo podem trazer.
Ao sentir qualquer sintoma, o recomendado é procurar um gastroenterologista e evitar a automedicação, pois alguns sintomas comuns a essas enfermidades podem, na verdade, ocultar doenças mais sérias.