CPI inicia sessão para ouvir depoimento de Elcio Franco e votar quebras de sigilo

A CPI da Covid abriu nesta quarta-feira, 9 a sessão em que irá ouvir o ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde Elcio Franco, número 2 do ex-ministro Eduardo Pazuello

  • Data: 09/06/2021 10:06
  • Alterado: 09/06/2021 10:06
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo
CPI inicia sessão para ouvir depoimento de Elcio Franco e votar quebras de sigilo

Elcio estava no cargo durante a crise de oxigênio em Manaus

Crédito:Reprodução

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Elcio estava no cargo durante a crise de oxigênio em Manaus, e também quando a pasta deixou propostas da Pfizer sobre compra de vacinas sem resposta, além de ser um dos envolvidos no episódio em que a aquisição da Coronavac foi paralisada após o presidente Jair Bolsonaro declarar que o imunizante não seria incorporado ao Plano Nacional de Imunização (PNI).

Pazuello disse à comissão que a declaração de Bolsonaro não havia interferido nas conversas com o Butantan. No entanto, em depoimento à CPI, o diretor do instituto, Dimas Covas, afirmou que após a fala do presidente as negociações sobre a compra da vacina produzida em parceria com a Sinovac travaram por meses. Durante a oitiva de Covas, o relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), lembrou que, logo após a ordem de Bolsonaro, Elcio Franco declarou que não havia intenção do ministério de comprar a vacina chinesa, uma referência à Coronavac.

Outro ponto que Franco deve ser questionado é sobre a data na qual o Ministério da Saúde ficou sabendo do problema de abastecimento de oxigênio em Manaus.

Coube a ele as negociações sobre vacinas, a situação do Amazonas e o colapso no fornecimento de oxigênio naquele Estado”, disse o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues, em entrevista coletiva antes da sessão.

“Eu considero que o depoimento dele é o mais importante da semana para a corroboração do material probatório que pretendemos construir nessa Comissão Parlamentar de Inquérito”, afirmou Randolfe.

Um dos pontos de atenção no depoimento de hoje envolve o colapso no sistema de saúde em Manaus, no início do ano. A secretária Mayra Pinheiro, do Ministério da Saúde, afirmou que a pasta soube do ocorrido no dia 7 de janeiro. Pazuello, por sua vez, citou a data de 10 de janeiro ao falar na CPI.

Antes do depoimento, os senadores irão votar requerimentos de informação, convocação de novos depoentes e quebras de sigilo telefônico e telemático, entre eles do servidor do Tribunal de Contas da União (TCU) que produziu um documento sobre mortes na pandemia do novo coronavírus.

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