Bolsonaro exonera Fábio Wajngarten da Secom e nomeia militar para o cargo
Bolsonaro exonerou Fábio Wajngarten do cargo de secretário especial de Comunicação Social do Ministério das Comunicações e nomeou almirante Flávio Augusto Viana Rocha
- Data: 11/03/2021 11:03
- Alterado: 11/03/2021 11:03
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Almirante Flávio Rocha ocupará interinamente o cargo de Fábio Wajngarten que foi exonerafo da Secom
Crédito:Reprodução
O militar vai ocupar o cargo interinamente. Chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência ele agora irá acumular as duas funções. A mudança está formalizada no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira, dia 11.
Flávio Rocha será o terceiro chefe da Secom na gestão Bolsonaro. Conforme a reportagem noticiou em janeiro, com a troca, Bolsonaro quer tentar melhorar a comunicação do governo e pôr um fim em divergências internas, especialmente entre Wajngarten e o ministro das Comunicações, Fábio Faria. Os dois estavam completamente desalinhados. A Secom é responsável pela comunicação oficial do governo e também pelo repasse de verbas publicitárias, o que aumenta o poder político da secretaria.
Empresário do ramo de pesquisa de mídia, Wajngarten assumiu a Secom em abril de 2019, em substituição ao publicitário Floriano Barbosa de Amorim.
A mudança, conforme apuração da reportagem em fevereiro, deve colocar um fim aos desentendimentos dentro da área de comunicação do governo, especialmente entre Wajngarten e Faria.
Havia também muita queixa interna no governo em relação à comunicação na questão da pandemia do coronavírus. O Palácio do Planalto considera que tem acumulado seguidos desgastes nessa área por não conseguir mostrar o que está fazendo no setor.
Mesmo fora da secretaria, Wajngarten não deve deixar o entorno de Bolsonaro, que gosta pessoalmente do empresário. Ele é visto pelo presidente como um aliado fiel e uma pessoa inteligente, que pode seguir ajudando numa assessoria especial.
Com um perfil oposto, o almirante Flávio Rocha é chamado dentro do governo de “bom de jogo” e “habilidoso”. Considerado um militar conciliador e de diálogo, Rocha ampliou sua proximidade com Fábio Faria nos últimos tempos.