Feira do Ceasa on-line amplia serviço ao varejo para combater a crise
Plataforma registrou aumento de 400% nas vendas
- Data: 14/05/2020 16:05
- Alterado: 14/05/2020 16:05
- Autor: Redação
- Fonte: assessoria
Da esquerda para a direita
Crédito:Divulgação
Inicialmente voltado para atender aos atacadistas do segmento food service com frutas, legumes e verduras, o portal Feira do Ceasa (http://www.feiradoceasa.com.br) encontrou no varejo um novo modelo de negócios para enfrentar a crise. O site que antes comercializava produtos agrícolas em caixas passou a vender quantidades fracionadas para atender a “pessoa física”, no começo de abril. Somente na primeira quinzena, a plataforma registrou aumento de 400% nas vendas e, hoje, o varejo já representa 70% do faturamento do marketplace.
No ar desde o mês de janeiro, a plataforma nasceu com o objetivo de simplificar a compra e venda de FLV (frutas, legumes e verduras) entre os permissionários do Ceasa São Paulo e compradores da rede atacadista (mercados, supermercados e hortifrutis) e de todo o segmento food service (que compreende padarias, bares e restaurantes) – setores que buscam qualidade e pouca quantidade, porém com recorrência.
O objetivo era levar o Ceasa até o comprador, oferecendo comodidade, economia de tempo, dinheiro e a oferta de produtos frescos, com o selo de qualidade do maior hortifruti a céu aberto da América Latina. No entanto, a crise provocada pela pandemia do COVID-19 fez com que a empresa buscasse alternativas para continuar operando.
“As nossas métricas indicavam uma forte tendência para a compra do varejo. Em quarentena, as pessoas começaram a comprar pelo site, mesmo em grandes quantidades para suprir a necessidade do dia a dia. Decidimos, então, iniciar com os fracionados. O plano de negócios inicial já previa a venda para o varejo. Mas era algo para um futuro, pois demandava outro tipo de estrutura e investimento. Estamos falando de frutas, legumes e verduras. Produtos extremamente delicados e super perecíveis. O transporte exige um protocolo diferenciado para que possamos garantir a integridade do produto. Mas, com toda essa crise precisamos pular algumas etapas para manter o negócio de pé. Afinal, já tínhamos feito um grande investimento, tínhamos folha de pagamento e compromissos com parceiros para honrar”, explica Cristian Rosa, fundador da CV Market Place, administradora da plataforma.
A nova operação entrou no ar em três dias e em pouco tempo se tornou a principal fonte de receita para a empresa. “Nos organizamos internamente e mobilizamos os nossos sellers para oferecer quantidades reduzidas. Essa iniciativa também nos ajudou a compensar as perdas que registramos no atacado, em decorrência do fechamento da cadeia que compõe o setor food service”, acrescenta Rosa.
Com logística especializada, a CV Market Place garante entrega dos pedidos em até 48 horas, com frete gratuito. Além de receber pedidos pelo portal, a CV Market Place ainda conta com call center, na cidade de Suzano, responsável pela venda ativa e receptiva (também pelo whats app).
Pandemia – Com a prorrogação da quarentena no Estado, a expectativa é de que as vendas sigam em curva de crescimento. “A tendência é de que aqueles que já estão usando os nossos serviços façam reposições semanais e se tornem promotores da Feira do Ceasa on-line. Além disso, muitas pessoas estão buscando opções no delivery para evitar sair de casa e logo serão impactados por nossas mensagens”, avalia Wander Paes, CEO da CV Market Place.
Para ele, a tendência da compra on-line será reforçada nos próximos meses. “A crise da saúde impôs mudanças drásticas na rotina da população e forçou a adoção de um novo comportamento, que prevê a “digitalização” dos serviços como, por exemplo, a venda de produtos tão delicados como frutas, legumes e verduras pela internet. As pessoas tendem a incorporar as novas tecnologias no dia a dia, especialmente quando são bem sucedidas em suas experiências”, completa o CEO.
Mix de produtos – No site estão cadastrados mais de 5 mil produtos, dos quais cerca de 400 já estão disponíveis para a comercialização. O sistema pode receber, a qualquer momento, novos fornecedores para completar o mix e tem potencial para atender a toda a cadeia que opera no Ceasa, composta por cerca de 2,8 mil permissionários.
Além dos itens tradicionais, há também a linha premium e as frutas exóticas que atraem multidões à Central de Abastecimento, como physalis, cupuaçu, macadâmia, mirtilo, entre outros.
Ação social – Mensalmente são enviados cerca de 800kg de alimentos para asilos e instituições de assistência a crianças, nas regiões de Mogi das Cruzes e Arujá.