Rede de apoio é fundamental para proteger a amamentação
Semana Mundial de Aleitamento Materno em Diadema discute informação, acolhimento e proteção para apoiar a mãe na decisão de amamentar
- Data: 03/08/2021 18:08
- Alterado: 03/08/2021 18:08
- Autor: Redação
- Fonte: Prefeitura de Diadema
Crédito:Divulgação
Diadema deu início nesta tarde (03/08), à Semana Mundial de Aleitamento Materno (SMAM) 2021 do 7º Agosto Dourado com a realização de evento virtual com especialistas na área. O objetivo é discutir o tema “Proteger a amamentação: uma responsabilidade de todos”, estimulando a participação de cada um na rede de apoio da mãe.
Na cerimônia de abertura, o prefeito de Diadema José de Filippi Júnior saudou a equipe de saúde pela realização do evento. “O melhor alimento é o leite da mamãe e é isso que nos queremos nesta Semana: desenvolver, despertar, divulgar para toda a sociedade e caminharmos nessa direção”, incentivou. A secretária municipal de Saúde, Dra Rejane Calixto, também ressaltou a importância do leite materno para o desenvolvimento do bebê. “O leite humano é rico em nutrientes para a criança principalmente nos primeiros meses e anos de vida, inclusive para a redução da mortalidade infantil”, garantiu.
De acordo com o Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENAN), que avaliou 14.505 crianças menores de cinco anos entre fevereiro de 2019 e março de 2020, revelou que apenas 45,7% das crianças menores de seis meses estavam em aleitamento materno exclusivo no país e 60% das crianças com idade inferior a quatro meses estavam em aleitamento materno exclusivo no país. A orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é aleitamento materno exclusivo até seis meses e complementar até os dois anos.
A amamentação é um ato determinado biologicamente, porém possui um componente cultural importante. Nesse sentido, a responsabilidade deve ser compartilhada entre governo, locais de trabalho, mídias e redes sociais, comunidade, família e sistema de saúde. Para o pediatra, especialista em homeopatia e membro do Departamento de Pediatria Ambulatorial e de Cuidados Primários da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP) Dr. Moises Chencinski, que palestrou sobre a temática da SMAM, as mamadas deveriam ser avaliadas na maternidade e no pediatra para solucionar possíveis dificuldades que a mãe ou a criança apresente.
“Precisamos parar de romantizar a amamentação e começar a apontar o dedo para a gente e não para a mãe, ter empatia e se colocar no lugar da mãe para entender o que ela está passando. É muito mais escutar que falar. Quando acolher, fazer propostas e nunca dar ordens. Objetivar a informação, ou seja, esclarecer o que a mãe precisa ou quer saber e não o que a outra pessoa quer falar”, explicou. Quem está ao redor também precisa estar sensibilizado e ajudar com simples atitudes. “Quando a pessoa for visitar a mãe pode levar os itens para tomar o café e ajudar a lavar a louça depois, arrumar a casa ou dar um conforto para o bebê enquanto a mãe toma um banho”, lembrou o pediatra.