Representantes de Guaidó tomam controle de embaixada da Venezuela no Brasil

Grupo ligado ao opositor de Nicolás Maduro consegue acesso à representação diplomática horas antes do início da Cúpula dos Brics

  • Data: 13/11/2019 09:11
  • Alterado: 13/11/2019 09:11
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo / AP
Representantes de Guaidó tomam controle de embaixada da Venezuela no Brasil

Crédito:Reprodução TV Globo

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Representantes do opositor Juan Guaidó, reconhecido como presidente da Venezuela pelo Brasil, conseguiram pela primeira vez acesso à embaixada do país em Brasília, na madrugada desta quarta-feira, 13, horas antes do início das atividades da 11.ª Cúpula do Brics, que reúne os líderes de Rússia, Índia, China e África do Sul, países que apoiam a permanência de Nicolás Maduro no poder.

Segundo a equipe de Guaidó, funcionários da embaixada permitiram o acesso de Tomas Silva, ministro-conselheiro acreditado pelo Brasil, ao local. A embaixadora Maria Teresa Belandria não está no País.

De acordo com comunicado dela, um grupo de funcionários decidiu abrir as portas e entregar as chaves da embaixada voluntariamente, bem como reconhecer Guaidó como legítimo presidente.

LEAL A NICOLÁS MADURO, ADIDO MILITAR FICA DO LADO DE FORA

Houve um princípio de confusão e a Polícia Militar foi acionada. O adido militar chavista, leal ao regime, ficou do lado de fora da embaixada.

A diplomacia de Guaidó vinha tentando tomar o prédio e desalojar os funcionários enviados por Maduro – que não tem mais relacionamento diplomático com o Brasil.

Agora, eles pedem que os servidores de sete consulados venezuelanos no País façam o mesmo e garantam ajuda para deixar o Brasil, caso desejem.

MADURO PEDE QUE MILÍCIAS CIVIS PATRULHEM RUAS DA VENEZUELA

Em pronunciamento na televisão na terça-feira, Nicolás Maduro fez um apelo às milícias civis para que patrulhem as ruas do país em meio às ameaças de protestos da oposição.

Guaidó, presidente da Assembleia Nacional, convocou uma manifestação contra o regime para sábado, 16.É a primeira vez que eles entraram na sede, ainda controlada pelos chavistas, desde que o presidente Jair Bolsonaro aceitou as credenciais da equipe de Guaidó, no início do ano.

Maduro, sentado entre líderes militares, ordenou que os cerca de 3,2 milhões de civis venezuelanos que integram milícias intensifiquem as rondas nas ruas de todo o país.

O presidente chavista disse que as mesmas forças “imperialistas” que derrubaram o presidente boliviano Evo Morales no domingo, 10, querem tirá-lo do poder.

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  • Data: 13/11/2019 09:11
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