‘Temos de transformar aparente desentendimento em algo construtivo’, diz Guedes_x000D_
O ministro da Economia, Paulo Guedes, aproveitou as recentes divergências entre o governo e o Congresso para defender a aprovação das reformas e do novo Pacto Federativo
- Data: 20/02/2020 14:02
- Alterado: 20/02/2020 14:02
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Cúpula do Congresso considera Heleno e Guedes integrantes da "ala ideológica" do governo e insuflam Bolsonaro contra os parlamentares
Crédito:Marcos Corrêa/PR
Segundo ele, é preciso “transformar um aparente desentendimento” em algo construtivo.
Durante cerimônia de lançamento da nova linha de crédito imobiliário da Caixa, o ministro da Economia passou uma série de recados ao Legislativo. Guedes falou que “pode haver exagero de um lado ou outro”, que “todo mundo fica nervoso” ao discutir questões orçamentárias, mas que não vale a pena brigar por cerca de R$ 10 bilhões quando há possibilidade de o Pacto Federativo dar mais autonomia para Estados e municípios.
Guedes destacou que as reformas “têm várias dimensões” e que a classe política também está convidada para entrar nas discussões sobre Pacto Federativo. “Façamos as reformas e aí teremos 100% do orçamento para discutir e construir juntos”, declarou.
Heleno
Esta semana, ao reclamar da suposta “chantagem” que o presidente Jair Bolsonaro sofre do Parlamento, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, acabou expondo o descontentamento de deputados e senadores com Guedes.
Na avaliação da cúpula do Congresso, Heleno e Guedes são hoje os novos integrantes da “ala ideológica” do governo e insuflam Bolsonaro contra os parlamentares.
“Esse empurra-empurra (entre governo e Congresso sobre o orçamento) é normal”, minimizou Guedes. Em linha de raciocínio semelhante ao que diz Heleno, Guedes falou que se o Orçamento Impositivo for grande demais, fica parecendo que o País está em um “parlamentarismo branco”, mas que o outro extremo também não é satisfatório para o Congresso.
Guedes afirmou, ainda, que é preciso respeitar quem ganhou a eleição. “Espera três anos e tenta de volta”, declarou.