‘Emergentes foram duramente atingidos pelo coronavírus’, diz diretora do FMI
A diretora do FMI reiterou a necessidade de ajudar países emergentes e em desenvolvimento, que, segundo ela, foram duramente atingidos pela crise provocada pela pandemia do coronavírus.
- Data: 03/04/2020 16:04
- Alterado: 03/04/2020 16:04
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
O FMI está dando alta prioridade aos países emergentes e em desenvolvimento
Crédito:Reprodução
“Os sistemas de saúde já são frágeis e agora foram fortemente atingidos economicamente. O FMI está dando alta prioridade a eles”, destacou Kristalina Georgieva, nesta sexta-feira durante entrevista coletiva conjunta com a Organização Mundial da Saúde, em Genebra na Suíça,
Georgieva ressaltou que a instituição estuda dobrar os recursos de financiamento emergencial, de US$ 50 bilhões para US$ 100 bilhões. “Também estamos procurando maneiras de fornecer liquidez adicional”, disse a diretora, que exortou os bancos centrais de economias avançadas a ampliarem as linhas de swap para os emergentes.
A economista búlgara também salientou a urgência em fornecer assistência aos países mais pobres. Ela afirmou que Reino Unido, Japão, China e outros governos ricos já ajudaram o Fundo de Alívio de Contenção de Catástrofe, destinado aos membros mais vulneráveis. “E, junto com o Banco Mundial, estamos advogando aos credores dos países mais pobres por alívio no pagamento de dívidas”, revelou. O governo chinês é um dos que estão engajados nesses esforços, disse ela.
Em especial, Georgieva demonstrou preocupação com a África, que, embora tenha um número reduzido de casos de coronavírus, comparado ao resto mundo, também dispõe de menos recursos para lidar com a pandemia. “É importante fornecer apoio financeiro substancial à África”, disse.