A slammer Mel Duarte e o grafiteiro Rafael Odrus conversam sobre arte negra e periférica
Esta é a terceira edição da programação mensal e on-line do Itaú Cultural, cujo objetivo é estimular a troca de ideias e vivências entre surdos e ouvintes
- Data: 30/09/2021 17:09
- Alterado: 30/09/2021 17:09
- Autor: Redação
- Fonte: Itaú Cultural
Crédito:Divulgação
No dia 1 de outubro, às 18h, acontece a nova edição do Café com Libras, projeto idealizado pelo Núcleo de Educação e Relacionamento do Itaú Cultural para estimular a troca de ideias entre pessoas com pontos de vista diferentes e o compartilhamento de vivências acerca dos temas propostos. Dessa forma, participam sempre dois convidados, um surdo e outro ouvinte. A arte negra e periférica é o tema da conversa desse mês.
Nesta edição, um dos convidados é o grafiteiro surdo Rafael Odrus, que, dentro e fora do Brasil enfatiza o lado social de seu trabalho artístico, pregando a valorização das pessoas negras, da cultura surda e das comunidades periféricas. A outra convidada é Mel Duarte. Ouvinte, a escritora, poeta e slammer paulistana, é a primeira mulher negra brasileira a lançar um disco de poesia falada, chamado Mormaço – Entre outras formas de calor, em 2019.
Odrus (“surdo”, se lido de trás para frente) a arte urbana para deixar a sua marca enquanto pessoa surda pelos locais por onde passa. Ele participou de exposições como a Mundez, no Museu Nacional de Brasília e em eventos de graffiti nos Estados Unidos, França, África do Sul e Canadá. Atuante também em projetos sociais, deu oficina de graffiti para crianças surdas no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM) e na Unidade de Internação do sistema socioeducativo de Planaltina, por acreditar no poder da arte de transformar vidas.
Em mais de uma década de carreira, Mel publicou cinco livros de poesia, sendo o mais recente Colmeia- poemas reunidos, além de dois infantis. Em 2016, ela foi destaque no sarau de abertura da Festa Literária Internacional de Paraty e foi a primeira mulher a vencer o Rio Poetry Slam, campeonato internacional de poesia. Em 2017 foi convidada a representar a literatura brasileira no Festilab Taag, em Luanda, Angola. Durante quatro anos também integrou a coletiva Slam das Minas SP.
Gratuitos, como todas as atividades do Itaú Cultural, estes encontros ocorrem pelo Zoom. Para participar é necessário fazer inscrição prévia, por meio do Sympla. Sendo o grande objetivo da programação reunir surdos e ouvintes, o Café com Libras conta com interpretação em Libras e tradução para o português possibilitando o acesso de todos que queiram participar.