Cruz Vermelha São Paulo doa kits de higiene para mulheres carentes
Nesta quinta-feira, 22, ação será no Terminal Jabaquara, zona sul da capital paulista
- Data: 20/07/2021 11:07
- Alterado: 20/07/2021 11:07
- Autor: Redação
- Fonte: Cruz Vermelha São Paulo
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Para ajudar no combate à pobreza menstrual, que tem impedido mulheres de irem ao trabalho e alunas de irem às escolas, a Cruz Vermelha São Paulo (CVSP) está distribuindo, desde janeiro deste ano, absorventes em comunidades carentes e calcinhas para incontinência urinária em lares de idosos. A ação foi decorrente de uma doação da P&G, que forneceu 15 mil caixas, com 245 mil absorventes, para serem entregues à população.
Na próxima quinta-feira, 22/7, das 10 às 13 horas, ocorrerá uma nova ação itinerante no Terminal Metropolitano Jabaquara (plataforma A), localizado à Rua Nelson Fernandes, s/n. No local, serão distribuídos 350 kits de higiene para mulheres contendo absorventes ou calcinhas para incontinência, além de máscara e sabonete.
Haverá também rodas de conversa com psicóloga e o serviço social sobre pobreza menstrual, aumento da violência doméstica e saúde mental das mulheres durante a pandemia. Estarão presentes também o AdeSampa (Agência Sampa de Desenvolvimento), que dará orientações sobre empreendedorismo social, e a Enel, que abordará a redução na tarifa de energia elétrica. Na última quinta-feira, 15/7, 400 kits de higiene já foram entregues na Vila Santa Catarina, durante ação itinerante realizada na comunidade do Vietnã.
“Nossa missão é ajudar a população com suas necessidades básicas e buscamos atender algumas das principais carências das comunidades por meio destas iniciativas”, pontua Bruno Semino, diretor executivo da Cruz Vermelha São Paulo.
Pobreza Menstrual – No dia 28/5, Dia Internacional da Dignidade Menstrual, o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) lançaram um relatório que traça um panorama alarmante da realidade menstrual vivida por meninas brasileiras. De acordo com o estudo, 713 mil meninas vivem sem acesso a banheiro ou chuveiro em seu domicílio e mais de 4 milhões não têm acesso a itens mínimos de cuidados menstruais nas escolas. Aliado a este quadro, outro relatório – do Movimento Livre para Menstruar -estimou que uma mulher gaste entre R$ 3 mil e R$ 8 mil ao longo de sua vida menstrual com absorventes.
“Os impactos de não poder lidar com a menstruação de forma digna abrangem também aspectos sociais, já que muitas mulheres evitam sair de casa nestes períodos, prejudicando a rotina profissional e escolar”, destaca Semino.