Estudantes criam audiolivros para crianças cegas ou de baixa visão
Projeto de alunos do Colégio Marista Arquidiocesano foi concedido à Fundação Dorina Nowill
- Data: 11/11/2021 14:11
- Alterado: 11/11/2021 14:11
- Autor: Redação
- Fonte: Colégio Marista
Projeto de alunos do Colégio Marista Arquidiocesano foi concedido à Fundação Dorina Nowill
Crédito:Divulgação
Turma do 2º ano do Ensino Fundamental – Anos Iniciais do Colégio Marista Arquidiocesano, localizado em São Paulo (SP), criaram audiolivros para as crianças cegas ou de baixa visão. Os textos são totalmente autorais e produzidos para todas as crianças, em especial para aquelas da Fundação Dorina Nowill, que há mais de 70 anos se dedica à inclusão social de pessoas cegas e com baixa visão.
O trabalho foi orientado pela coordenadora pedagógica Lilian Gramorelli e conduzido pelas professoras Adriana Kosuzi e Vanessa Roselli e faz parte do desenvolvimento do Projeto de Intervenção Social (PIS) da turma, uma prática pedagógica Marista que promove o diálogo e o protagonismo, permitindo entender como necessidades humanas e sociais, questioná-las e traçar caminhos para enfrentar as problematizações contemporâneas.
“Por meio de um texto lido na aula de Língua Portuguesa e as aulas de sensibilização para o projeto, os alunos despertaram o interesse em pesquisar como as pessoas com deficiência poderiam viver em um mundo de mais equidade. Assim, surgiu a ideia de criar os audiolivros”, explica a professora Vanessa Roselli.
Os Projetos de Intervenção Social (PIS) do Colégio Marista Arquidiocesano, deste ano, possuem como tema principal a “empatia”. As professoras deram início ao projeto, descobrindo o significado dessa palavra e como as pessoas lidam com as emoções e os sentimentos.
As crianças ouviram a história sobre o Morcego Bobo, escrita por Tony Ross e Jeanne Willis, que mostra que se colocar no lugar do outro e sentir o que ele sente ajuda a entender sua visão de mundo, e uma audiodescrição, para tentar imaginar como uma pessoa cega pode entender as imagens faladas. Assistiram também a um curta-metragem chamado Reach, leram o livro “O monstro das cores”, escrito e ilustrado pela arte-terapeuta Anna Llenas, e com ele, fizeram uma atividade de Matemática, usando gráfico de barras.
A partir das etapas descritas, os estudantes se interessaram pelos deficientes visuais e quiseram fazer algo por eles. Assim, foram criadas duas histórias diferentes: “Nina em seu primeiro dia de aula”, produzida pelo grupo do 2º ano E, e “Aventura e investigação em Tóquio”, criada pelos alunos do 2º ano F.
“Ambas foram transformadas em audiolivros e entregues para as crianças da Fundação Dorina Nowill, em um encontro presencial, ocorrido no Arquidiocesano”, revela a professora Adriana Kosuzi.
Os alunos também pretendem fazer um bazar com doação de roupas infantis que será entregue à instituição, reconhecida por sua produção e distribuição gratuita de livros em braile, falados e digitais acessíveis, diretamente para o público e também para cerca de 3000 escolas, bibliotecas e organizações de todo o Brasil.