CIRCUITO BRASILEIRO: Ágatha e Duda conquistam o título em Saquarema

Dupla olímpica está junta desde janeiro de 2017 e chega ao sétimo ouro em etapas de Open do Circuito Brasileiro

  • Data: 18/10/2020 17:10
  • Alterado: 18/10/2020 17:10
  • Autor: Redação
  • Fonte: CBV
CIRCUITO BRASILEIRO: Ágatha e Duda conquistam o título em Saquarema

Ágatha e Duda (dir) celebram a vitória na final da segunda etapa

Crédito:Ana Patrícia/Inovafoto/CBV

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A dupla Ágatha e Duda (PR/SE) voltou a subir ao lugar mais alto do pódio no Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia depois de oito meses. A dupla, formada em janeiro de 2017, venceu um Open pela última vez em fevereiro deste ano, em Maceió (AL). Neste domingo (18.10), a parceria olímpica conquistou o título em Saquarema (RJ), segunda parada da temporada 2020/2021, ao levar a melhor sobre Josi/Juliana (SC/CE) por 2 sets a 0 (21/9 e 21/15), na arena montada no Centro de Desenvolvimento de Voleibol (CDV).

O ouro deste domingo foi o sétimo da dupla no Circuito Brasileiro, e oitavo de Duda. Ágatha chega ao décimo quarto título do torneio nacional na carreira. Elas, que estão classificadas para representar o Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio no ano que vem, tiveram uma campanha invicta, com cinco vitórias em cinco partidas e apenas um set perdido. Na decisão, a jovem sergipana Duda foi eleita a melhor em quadra por eleição popular no site da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) e comemorou mais um título ao lado da paranaense.

“Estou muito contente com o resultado, nós ficamos muito unidos dentro da equipe, nós e nossa comissão técnica, com muita vontade de vencer. Nesta final, as meninas vieram com outra postura no segundo set, o primeiro set foi atípico, não foi normal. Tivemos que fazer nosso melhor ainda mais, entender o que elas estavam fazendo de diferente no segundo set para não deixar o jogo muito aberto. Elas estavam na frente, tivemos que sacar melhor, defender melhor. O sistema defensivo acabou sendo ajustado e conseguimos evitar que a partida fosse ao tie-break”, contou Duda.

Para Ágatha, a vitória na segunda parada da temporada é reflexo do treinamento feito no último mês, com objetivo de sanar os erros cometidos na etapa anterior e aprimorar alguns detalhes técnicos, táticos e físicos. A paranaense destacou como é importante para o atleta conseguir tirar lições dos resultados passados.

“Saímos daqui com a prata na outra etapa e com a sensação de que poderíamos ter ido melhor. Então voltamos para casa e fizemos os nossos estudos, nos preparamos muito, vimos onde melhorar. Nesta semana conseguimos colocar em prática muitas coisas que ajustamos nos treinos e isso é uma coisa prazerosa na vida do atleta, quando consegue chegar oportunidades de melhora nas derrotas, e isso conseguimos fazer nessa etapa. Fico muito feliz de conseguir o título depois de tantas partidas difíceis que enfrentamos. Agora é o momento de descansar um pouco e comemorar”, disse Ágatha.

A prata em Saquarema foi a primeira medalha de Juliana ao lado de Josi em um torneio Open do Circuito Brasileiro. A jogadora, que acumula títulos na carreira, voltou a disputar uma decisão de etapa após quase quatro anos e não escondeu a alegria de estar mais uma vez em um jogo tão importante.

“Eu fiquei muito feliz por voltar a disputar uma final. O nível do vôlei de praia feminino no Brasil é muito competitivo e chegar em uma decisão não é fácil. Ontem já tinha sido um dia especial, fizemos um grande jogo na semifinal, a Josi jogou muito. Fazia tempo que eu não conseguia fazer essa sequência de duas semifinais seguidas, e chegar na final. Estou jogando da maneira que devo. Fui bombardeada por mensagens de carinho e isso não tem preço. Eu já joguei diversas finais, mas com essa parecia era a primeira. Eu tenho muito amor e uma entrega enorme pelo que faço, por estar aqui competindo. Sabia que seria uma outra partida muito difícil, mas saio com a sensação de dever cumprido”, contou Juliana.

Bronze para Tainá/Victoria

O duelo pelo terceiro lugar no pódio aconteceu na abertura da rodada e a dupla Tainá/Victoria (SE/MS) superou as líderes do ranking Ana Patrícia e Rebecca (MG/CE) por 2 sets a 1 (21/13, 19/21 e 16/14). Victoria, eleita a melhor da partida, afirmou que a dupla entrou em quadra decidida a se recuperar da derrota na véspera.

“Ficamos tristes por não termos conseguido a vaga na final. Então decidimos colocar todo nosso foco na busca por um lugar no pódio, sabíamos que o jogo hoje seria muito difícil. Conseguimos manter a concentração, mesmo perdendo o segundo set, e naquele momento do tie-break que estávamos atrás do placar. Somos muito amigas dentro e fora de quadra, uma ajuda a outra, tranquilizando, para que aquilo que foi planejado seja aplicado no jogo”, destacou Victoria.

Mesmo sem contar com público presente em razão dos protocolos de segurança sanitária, as partidas não ficaram sem torcida. Alguns fãs do vôlei de praia tiveram a oportunidade de acompanhar as partidas por meio da “Arquibancasa”. Acessando um convite virtual, os fãs interagiram com o animador e participaram de ações nos intervalos das partidas. O sistema foi espelhado em telões na quadra central e trouxe mais animação e cores para dentro da competição.

Os torcedores também puderam eleger as melhores em quadra de cada partida por meio de votação no site da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV). Ágatha e Victoria foram as eleitas nos respectivos confrontos das partidas semifinais.

Cada etapa do Circuito Brasileiro distribui R$ 47 mil às duplas campeãs dos dois naipes, e todos os times na fase de grupos são premiados. Ao todo, são distribuídos aproximadamente de R$ 538 mil por etapa.

Após a disputa do torneio feminino nesta semana, o torneio masculino será disputado na semana seguinte, entre os dias 22 e 25 de outubro. As etapas foram divididas em semanas diferentes para reduzir a circulação de pessoas dentro do Centro de Desenvolvimento de Voleibol, aumentando a segurança nos protocolos de prevenção ao Coronavírus.

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