França elogia Doria e diz que só ele e Covas devem cumprir 4 anos na Prefeitura
‘Renunciar a mandato é coisa torta’, diz candidato do PSB, que tenta convencer eleitor de suas chances contra tucanos em confronto direto para o 2º turno
- Data: 05/11/2020 18:11
- Alterado: 05/11/2020 18:11
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Marcio Frabça prefer ter Cobvas coo adversário em possível 2o turno
Crédito:Divulgação/Governo do Estado de SP
Na briga por uma vaga no segundo turno das eleições pela Prefeitura de São Paulo, o candidato Márcio França (PSB) disse nesta quinta-feira, 5, que só ele e Bruno Covas (PSDB) têm condição de cumprir a promessa de ficar no cargo durante os quatro anos de mandato. Isso porque os demais concorrentes têm vices com cargos de deputados federais e estaduais, que terão de renunciar ao mandato para assumir o cargo de vice-prefeito – o que, na teoria do ex-governador, é sinal de que os titulares teriam de dar lugar aos companheiros de chapa em algum momento.
França ainda chamou seu principal oponente nas últimas eleições, o governador João Doria (PSDB), de “aguerrido”, colocou-o como nome forte para a disputa presidencial de 2022, e disse que o oponente “tem méritos”. Ele também disse, no entanto, que o governador não tem a “sensibilidade social” necessária para o cargo.
O candidato do PSB não esconde sua preferência para disputar o segundo turno com o atual prefeito. Nas últimas semanas, a propaganda do partido tem alardeado que ele teria mais chances em uma disputa direta conta o tucano do que outros concorrentes.
“Todas as candidaturas principais têm alguém que vai descumprir palavra, exceto a minha e do Bruno (Covas), porque todos eles têm na chapa um deputado”, argumentou França. Ele usou a linha de raciocínio para uma crítica à vice do candidato Guilherme Boulos (PSOL), com quem está tecnicamente empatado mas pesquisas de intenção de voto.
“Suponha que eu moro em Tatuí (no interior paulista) e votei na (deputada federal Luiza) Erundina. Se ela renunciar para ser vice-prefeita o meu voto foi desperdiçado”, disse França. “Renunciar a mandato é uma coisa que é ‘torta’ para a população”.