Dia Mundial Contra a Raiva (28): a doença conhecida que continua fazendo vítimas
Veterinária aborda sobre a importância da prevenção nos pets, que começa pela vacinação, e como evitar as 59 mil mortes em pessoas que acontecem por ano
- Data: 27/09/2021 15:09
- Alterado: 27/09/2021 15:09
- Autor: Redação
- Fonte: Daniela Baccarin
Brasília - A Secretaria de Saúde do Distrito Federal realiza, neste sábado (22), campanha de vacinação antirrábica para cães e gatos, na área urbana (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Crédito:Agência Brasil
Apesar de agosto ser conhecido como o mês do “cachorro louco”, por causa da alta incidência da raiva, é em 28 de setembro que é comemorado o Dia Mundial Contra a doença. A raiva deve ser evitada o ano inteiro, mas a data serve para reforçar aos tutores a importância de manterem a carteira de vacinação de cães e gatos em dia. A doença é infecciosa e é considerada uma das zoonoses mais perigosas do mundo, além de poder afetar os animais e os humanos. Daniela Baccarin, médica-veterinária e gerente de produto pet da MSD Saúde Animal, falar sobre a melhor forma de prevenir a enfermidade.
“Apesar de ser bastante conhecida, a raiva continua fazendo vítimas e ainda é uma ameaça em 150 países, sendo 59 mil mortes por ano em pessoas que acontecem em todo o mundo.”, alerta.
Como acontece?
O principal meio de contaminação é o contato com a saliva de um animal infectado, ocasionado por meio de mordidas, arranhaduras e lambeduras, que leva rapidamente à transmissão do vírus para o sistema nervoso central do animal, causando inflamação no encéfalo, encefalite e outros danos neurológicos fatais.
Sintomas
A raiva é lembrada pela salivação excessiva, que é um dos sintomas, mas, além deles, os pets podem apresentar outros como mal-estar, febre, náuseas, dor de garganta, irritabilidade, mordedura, paralisia e convulsão.
“Qualquer sinal diferente que o cachorro apresente é importante encaminhá-lo ao veterinário, que poderá realizar o diagnóstico correto, com exame como testes laboratoriais ou saliva, bem como indicar os cuidados adequados”, reforça Daniela.
Prevenção
Assim como para a maioria das doenças, a melhor forma de evitar a contaminação é a prevenção. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), para eliminar a transmissão da raiva, principalmente em áreas endêmicas, pelo menos 70% dos cães devem ser vacinados em massa todos os anos.
“Os tutores precisam ficar atentos ao período de vacinação do animal. Algumas cidades possuem campanha de vacinação, mas se não houver campanha na cidade do tutor, é só procurar uma clínica veterinária. O importante é fazer a principal lição de casa, vacinar”, alerta.
Vacinação
A veterinária explica que os cães e gatos podem receber a primeira dose de vacina antirrábica a partir de 12 semanas de idade, com reforço anual, segundo as diretrizes de vacinação da World Small Animal Veterinary Association (WSAVA). “Apesar disso, é imprescindível a consulta com um especialista para fazer a aplicação do imunizante de acordo com o perfil do cão ou gato, que pode variar por diferentes fatores, como a região em que o animal mora”, aconselha.
Outro ponto básico é que o proprietário realize visitas periódicas ao veterinário, para facilitar a identificação do problema com antecedência, além de outras doenças que podem ser assintomáticas.
Protegendo os animais e as pessoas
A raiva não tem cura e sua evolução pode causar o óbito. Além disso, é essencial lembrar que quando vacinamos e cuidamos do nosso animal estamos protegendo a nossa família e as pessoas que convivem com ele. Isso porque a vacinação evita a contaminação e elimina o risco humano também, além de contribuir com a Saúde Única, conceito que mostra como a saúde animal afeta também a saúde humana e o meio ambiente.