Alfredo Cotait toma posse na ACSP e na Facesp em cerimônia com presença de Rodrigo Pacheco
Cotait promete defender o empreendedorismo e o protagonismo dos pequenos negócios no cenário nacional
- Data: 22/03/2021 21:03
- Alterado: 22/03/2021 21:03
- Autor: Redação
- Fonte: ACSP
Crédito:Divulgação ACSP
A defesa do empreendedorismo e do protagonismo dos pequenos negócios no cenário nacional. Esse foi o compromisso reafirmado por Alfredo Cotait Neto, reeleito para comandar a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e a Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) no biênio 2021-2023.
Na cerimônia híbrida de posse da nova diretoria, realizada nesta segunda-feira (22/03) na sede da ACSP com a presença do presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), Cotait prometeu continuar o processo de reestruturação das entidades, assim como ampliar a aproximação com os empreendedores paulistas.
O presidente reforçou que a vacina é o único caminho para acelerar a volta à normalidade e ao crescimento econômico, e firmou compromisso da ACSP e da Facesp com o pacto nacional proposto pelo senador, que prevê a união dos poderes, do empresariado e de toda a sociedade para o enfrentamento da pandemia.
Segundo Cotait, a descoordenação de ações e as restrições adotadas nesse período desequilibraram a economia: enquanto alguns puderam trabalhar, cresceram e ganharam mais do que antes, outros sucumbiram, fecharam ou perderam renda e emprego – algo que, em sua avaliação, é impossível de aceitar. “Temos que ter pessoas como o senhor, para enxergar essa necessidade de voltar ao equilíbrio”, disse o presidente reeleito da ACSP e da Facesp, que elogiou a iniciativa de Rodrigo Pacheco no sentido de construir essa união, trazendo esperança para o empreendedor que está desesperado.
Ao fazer um amplo agradecimento à nova diretoria, aos que se desligaram, aos vice-presidentes, diretores, conselheiros, superintendentes das Distritais, ao Fórum de Jovens Empreendedores (FJE) e outros conselhos consultivos da ACSP, aos colaboradores em geral, Cotait citou a importância de alinhar os estatutos para a ACSP e a Facesp serem a voz do empreendedor paulista.
Ele mencionou alguns feitos, como o fortalecimento da rede de associações comerciais de todo o estado, com visitas presenciais que ajudaram a conhecer melhor as necessidades dos pequenos negócios locais, incluindo ações do CMEC (Conselho da Mulher Empreendedora e da Cultura), presidido por Ana Cláudia Badra Cotait.
Citou o trabalho de reorganização financeira da ACSP para equilibrar seu déficit, assim como a requalificação das 15 Distritais e da Sede, na capital paulista, transformando-as de centro de custos em centro de receitas.
Também lembrou que sua gestão foi marcada pelo lançamento de produtos e serviços voltados à qualificação e ao suporte dos empresários, como a Faculdade do Comércio (FAC-SP), a plataforma com cursos profissionalizantes Profis Online e a desburocratização da oferta de crédito por meio da ACCredito, entre outras ações.
E sinalizou outras frentes de trabalho para os próximos dois anos, como a qualificação de empreendedores para a digitalização, que se intensificou com a pandemia, ações voltadas para as mulheres empreendedoras e atenção especial ao Conselho de Inovação, por meio de concurso de aporte de investimentos em startups.
Cotait também reforçou o protagonismo da ACSP e sua participação ainda mais intensa nesse momento em discussões de pautas nacionais, como a Reforma Tributária e medidas de apoio aos pequenos negócios. “Mas, no meio de tudo isso, vamos continuar a prestigiar o varejo, que necessita cada vez mais do nosso apoio e sentiu demais os efeitos da pandemia. Por isso, nosso trabalho é para que a gente consiga dar um fôlego, uma condição melhor para os pequenos que se encontram em uma situação dramática.”
Alfredo Cotait Neto é engenheiro civil formado pela Universidade Mackenzie, com mestrado em Economia e Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Preside o Conselho Deliberativo da Boa Vista SCPC, a Câmara de Comércio Brasil-Líbano, e foi condecorado pelo Itamaraty com o grau de Comendador da Ordem de Rio Branco. Presidiu a Comissão Normativa de Legislação Urbanística e a Comissão Municipal de Emprego. Como primeiro suplente de Romeu Tuma (PTB-SP), falecido em outubro/2010, foi senador da República por São Paulo entre 3/11/2010 e 31/1/2011. Na iniciativa privada liderou empreendimentos nas áreas de construção civil, mercado de capitais, financeira, hoteleira e hospitalar.
Pacto Nacional
Um plano de ação imediato para enfrentar um saldo de quase 300 mil mortes, falta de insumos e de leitos de UTI, e, é claro, uma solução econômica que contemple os herdeiros da covid-19, ou seja, pessoas que estão em situação crítica devido aos efeitos da pandemia, seja pela perda do emprego ou de membros da família. Esse foi o mote principal da palestra “O Movimento Político Nacional”, do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, convidado especial do evento de posse de Alfredo Cotait Neto e da nova diretoria da Facesp e da ACSP.
Entre as questões abordadas, Pacheco afirmou que com a aprovação do auxílio emergencial os parlamentares trabalham agora para apresentar ao longo dos quatro meses do novo benefício, um programa social de renda mínima permanente, como se fosse uma espécie Bolsa-Família reformulado. “Precisamos de um programa que mescle assistência com estímulo ao trabalho”, disse, reforçando que o Ministério da Economia vem sendo cobrado pelos parlamentares para apresentar um pacote de socorro aos empresários.
Pacheco lembrou que em 2020 as contas públicas tiveram um déficit de R$ 746 bilhões por conta do auxílio do Pronampe e do FGI Caixa, que foram medidas tomadas em caráter excepcional diante do desconhecido que ajudaram, mas mostraram que não foram suficientes, pois ‘transcenderam os limites do governo’. Pacheco também afirmou que a covid-19 é a grande prioridade do legislativo neste momento. “O negacionismo, que era uma tese no início da pandemia, passou a ser uma brincadeira macabra e medieval”, disse.
Com a pandemia pior, afirmou, será preciso reeditar medidas para ajudar principalmente trabalhadores e os micro e pequenos empresários, como a prorrogação de pagamento de impostos, ou a redução de jornada e suspensão de contratos de trabalho, na crença de que sejam adotadas em um curto de espaço de tempo devido à vacina. Ele também citou a rearticulação no Congresso de um projeto de sua autoria pela volta do Refis nos próximos 30 dias, para ajudar a cuidar da saúde financeira e das empresas neste momento mais crítico da pandemia.
Também lembrou do reforço aos programas de repatriação de recursos e atualização de ativos de pessoa jurídica para atualizar IR e recolher com alíquota menor para socorrer os setores produtivos. Pacheco deixou claro que, mesmo com a autonomia entre os poderes, o Senado e a Câmara dos Deputados são colaborativos com o Governo Federal em busca de soluções para a crise sanitária do país.
Ao citar a morte do senador Major Olímpio na última semana, um dos três senadores que faleceram por conta da covid-19, Pacheco disse que a dor pela perda dos colegas é a mesma dos brasileiros que perderam alguém. Portanto, ao invocar o aspecto humano, a solidariedade, a compaixão e a empatia pelas vítimas e suas famílias, Pacheco propôs um pacto nacional com a presidência da República, deputados, senadores, o Supremo Tribunal Federal (STF), procuradores, governadores e prefeitos para discutirem juntos essa situação gravíssima. “É preciso tomar cuidados e medidas contra infecção do coronavírus, além criar um plano de ação coordenado para passarmos por isso de maneira menos pior do que estamos enfrentando até agora”, disse.
Pacheco também recebeu um ofício das mãos do deputado federal Marco Bertaiolli (PSD-SP), que solicita, entre outras medidas, a celeridade no aporte de recursos do Pronampe, e uma nova linha de crédito do BNDES para pequenos negócios, e informou que as duas entidades estão à disposição para este pacto. “Na pandemia, só temos dois caminhos a seguir: o da união nacional, ou do caos nacional. Mas sei que cada qual, responsavelmente, com amor ao Brasil, escolhermos o melhor caminho”, concluiu o presidente do Senado.