Centrais sindicais fazem protesto em São Paulo contra a reforma da Previdência
Houve paralisação de motoristas e cobradores de ônibus pela manhã; há um protesto marcado para às 17h em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp)
- Data: 22/03/2019 10:03
- Alterado: 22/03/2019 10:03
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Crédito:Roberto Parizotti / CUT
As principais centrais sindicais convocaram para esta sexta-feira, 22, protestos contra a reforma da Previdência proposta pelo governo de Jair Bolsonaro. Segundo a Central Única dos Trabalhadores (CUT), diferentes entidades sindicais marcaram atos em 126 cidades pelo País.
Para o fim do dia, as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, ligadas à CUT, preveem um protesto com concentração na frente do Masp, na Avenida Paulista. O ato começa às 17 horas.
Em São Paulo, uma paralisação de motoristas e cobradores de ônibus nesta manhã afetou passageiros que utilizam o transporte público. Ao todo, um milhão de pessoas que utilizam os 3.820 ônibus de 561 linhas foram prejudicadas, com reflexos também na operação nos 29 terminais municipais. A população da zona sul, especificamente na região de Varginha e Grajaú, foi a mais afetada.
Segundo o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (Sindmotoristas), sindicalistas foram para as garagens conversar com os trabalhadores sobre a reforma da Previdência e sobre a campanha salarial de 2019. De acordo com a São Paulo Transportes (SPTrans), a manifestação sindical surpresa atrasou o início da operação em 33 garagens das empresas de ônibus.
Em entrevista à Rádio Eldorado, o secretário municipal de Transportes e Mobilidade Edson Caram, afirmou que até às 10h a circulação dos ônibus deve estar restabelecida. Segundo Caran, as empresas de coletivos que descumpriram as primeiras partidas programadas, ocasionando intervalos, serão autuadas em R$ 300 mil pela SPTrans. “A Prefeitura não vai abrir mão do seu direito de dar um transporte de qualidade para o cidadão de São Paulo”, explicou Caran.
O ato previsto para às 17h na Avenida Paulista envolvendo a questão da Reforma da Previdência deve prejudicar o tráfego de veículos na região. Segundo Caran, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) vai montar um esquema de emergência para melhorar a fluidez do trânsito no local. Não há interferências nas linhas do metrô e da CPTM, mas funcionários estão vestidos com coletes contra a Previdência e a privatização.