Para promotores, juiz de garantias aumenta burocracia e fortalece acusado_x000D_
Os promotores e procuradores estão em alerta com o juiz de garantias. Por meio de sua principal entidade de classe, eles avisam que já estudam uma ação no Supremo para derrubar a medida
- Data: 26/12/2019 18:12
- Alterado: 26/12/2019 18:12
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
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O juiz de garantias virou protagonista do pacote anticrime que Bolsonaro sancionou no encerramento de seu primeiro ano de mandato.
“Em que pese possa representar em alguns aspectos avanços no combate à impunidade, causa muitas preocupações, em especial em relação ao denominado ‘juiz de garantias’. É fundamental alertar a sociedade sobre aspectos da lei que dificultarão, ainda mais, o combate ao crime e à corrupção no país, sendo o instituto do juiz de garantias um exemplo disso”, afirma o presidente da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp), Victor Hugo Azevedo.
Na avaliação de Azevedo, o juiz de garantias ‘torna mais burocrático e complexo o processo penal brasileiro, fortalecendo somente a tutela processual do acusado’.
A Conamp aloja 14 mil promotores de Justiça e procuradores da República em todo o País. É uma entidade reconhecida em sua luta pela independência do Ministério Público no combate à corrupção, impunidade e desvios de recursos do Tesouro.
Em nota divulgada nesta quinta, 26, Victor Hugo sustenta que a medida não revela preocupação ‘com a efetividade e funcionalidade das atividades investigatórias, de defesa dos direitos das vítimas e da sociedade brasileira’.
“Nesse sentido, estamos estudando a possibilidade de ingressar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade para reversão da medida adotada”, informou o porta-voz da Conamp