YouTube diz não ter encontrado conteúdo de ‘desafio Momo’ em vídeos infantis

O YouTube Brasil comunicou nesta segunda-feira, 18, não ter encontrado nenhum vídeo que promova um ‘desafio Momo’ no YouTube Kids, plataforma com conteúdo infantil.

  • Data: 19/03/2019 09:03
  • Alterado: 19/03/2019 09:03
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo
YouTube diz não ter encontrado conteúdo de ‘desafio Momo’ em vídeos infantis

Crédito:Reprodução/youtube

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A empresa pediu que os usuários denunciem qualquer conteúdo nocivo ou perigoso que apareça no site.

No exterior, o YouTube já havia reportado, no final de fevereiro, que eram falsos relatos de que estariam reaparecendo na plataforma vídeos em que a personagem Momo promove o suicídio.

Em grupos de WhatsApp e nas redes sociais, pais têm relatado que os filhos se depararam com a assustadora boneca japonesa em vídeos que estimulariam o suicídio. Embora a imagem de Momo possa aparecer no YouTube normal (em vídeos de notícias ou de discussão sobre o fenômeno, por exemplo), na plataforma para crianças a foto da escultura é proibida. Também não é possível pesquisar pelo termo ‘Momo’ no aplicativo infantil.

Segundo a empresa, o YouTube Kids utiliza “uma mistura de filtros e comentários de utilizadores, além de revisores humanos, para que os vídeos no YouTube Kids sejam adequados a toda a família”.

Apesar disso, é recomendável que pais acompanhem os vídeos assistidos por seus filhos em plataformas digitais. Qualquer conteúdo nocivo pode ser denunciado e bloqueado.

O que é Momo?
Momo é uma escultura feita pelo japonês Keisuke Aiso em 2016. De acordo com o portal americano The Verge, a imagem da boneca assustadora, meio mulher e meio ave, se tornou uma lenda urbana ao ser associada em fóruns na internet a um desafio similar ao da ‘Baleia Azul’.

No exterior, vários veículos de imprensa alertaram que não há relatos de suicídios comprovadamente relacionados a Momo nem de interações verdadeiras com o suposto número de WhatsApp do personagem, como informa o site de fact checking Snopes.com:

Os números de celulares que provocam as ameaças ou disseminam os convites mudam conforme o fenômeno circula entre os países e cidades (mudam os prefixos de país e de cidade, os quatro primeiros dígitos depois do “+” no número do telefone).

Ainda que alguns promovam ou participem do suposto desafio por brincadeira ou curiosidade, os riscos justificam um alerta para que todos evitem e bloqueiem sem iniciar o contato. Há situações em que os desafios remetem a provocação de autolesão e que podem colocar as pessoas em risco de vida.

Os riscos envolvem:
–  dar acesso a informações pessoais (foto de perfil, status, número do celular etc.)
– receber conteúdos impróprios ou violentos para determinadas faixas etárias
– instalação de programas maliciosos para roubo de dados ou infecção dos aparelhos
– ameaças de agressões e exposições on-line e off-line;
– extorsão financeira e ameaças de morte
– provocações para desafios que podem gerar dano ou estimular autolesão

Alguns fazem por brincadeira e outros são criminosos profissionais que se aproveitam da “moda” para aplicar golpes. Quanto mais as pessoas respondem às perguntas, mais fornecem informações para os fraudadores. Os criminosos também arriscam aleatoriamente a partir de um número estrangeiro.

Por isso, é fundamental orientar crianças e adolescentes a ter cuidado ao adicionar pessoas desconhecidas e orientá-las a bloquear contatos indesejados sem enviar nada.

No Brasil, o Centro de Valorização da Vida (CVV) tem uma linha de atendimento de prevenção do suicídio no número 188. Também é possível entrar em contato por chat, no site cvv.org.br.

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  • Data: 19/03/2019 09:03
  • Alterado:19/03/2019 09:03
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo









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