“Do 13 ao 20 – (Re)Existência do Povo Negro” no Sesc São Caetano
Sesc São Caetano realiza projeto que valoriza a importância da cultura negra no Brasil; Atividades gratuitas e abertas ao público geral
- Data: 17/07/2019 17:07
- Alterado: 17/07/2019 17:07
- Autor: Redação
- Fonte: Sesc São Caetano
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No mês de Novembro o Sesc São Caetano mais uma vez celebra a negritude com o projeto “Do 13 ao 20 – (Re)Existência do Povo Negro” marcado a partir de datas do calendário nacional, de 13 de maio a 20 de novembro, que junto o Sesc São Paulo realiza o ciclo de atividades onde ao longo de 7 meses, todas as unidades do estado ofereceram ações artísticas, reflexivas, experimentais e formativas que abordam as lutas, conquistas, manifestações e realidades do povo negro.
Durante o período, o ciclo de atividades contou com ações sobre: corpo negro e subjetividades, pluralidade das identidades negras, negritude na arte, juventude e velhice negra, produções intelectuais e culturais negras, racismo estrutural, institucional e social.
O destaque da programação fica para a “Feira Afro Sanca” que em parceria com o CONESCS (Conselho Municipal da Comunidade Negra de São Caetano do Sul) e apoio da SEAIS (Secretaria de Assistência e Inclusão Social) ocorrá nos dias 23 e 24 no “Espaço Jovem” – Rua Serafim Constantino S/N e trará oficinas, espetáculos o trabalho de artistas, escritores e artesãos negros e negras que valorizam a importância da cultura culturas africana e afro-brasileira e celebram o dia da Consciência Negra.
O projeto “Do 13 ao 20” faz referência a datas importantes para a comunidade negra no Brasil, o dia 13 de maio de 1888 marca a Lei Imperial nº 3.353 que sancionou a extinção do sistema de produção escravista no Brasil, porém não previu nenhuma medida que garantisse emprego, educação e meios de sobrevivência para os ex-escravizados libertos e o dia 20 de novembro é a data da morte de Zumbi dos Palmares, ocorrida em 1695, e marca a celebração de todos os palmarinos, sua capacidade de organização, planejamento, luta e solidariedade aos negros e não negros. Em 2003, com a aprovação da Lei 10.639, que instituiu o ensino da História e Cultura Afro-Brasileiras nas escolas, a data foi incluída no calendário escolar como o Dia Nacional da Consciência Negra.
Programação completa: sescsp.org.br/do13ao20
Tecnologias e Artes
Vagas limitadas
Entrega de senhas na Central de Atendimento com 30 minutos de antecedência.
Minha Roupa – Minha Armadura
com Natalia Marques
Dia 2/11, sábado, das 14h às 16h
As roupas que escolhemos vestir o nosso corpo têm significados que podem comunicar o que pensamos e sentimos. Cheias de memória e intenção, podem servir como armaduras para proteger: como a capa de super heróis e heroínas, ou as roupas ancestrais de matriz africana. Nessa oficina, as crianças poderão criar artisticamente sua própria vestimenta de armadura, a partir de memórias e sentimentos, desconstruindo estereótipos e se aproximando dos imaginários africanos de vestuário.
Armaduras de enfrentamento: costura e formas de resistência
Natalia Marques
De 5/11 a 10/12, terças, das 19h às 21h
Através do processo de costura, o público poderá criar uma peça performática que seja mais que uma roupa: o que a artista Natalia Marques chama de vestimenta de enfrentamento. Repensando a produção e criando significados autênticos para o que se escolhe vestir, é possível compreender a vestimenta como uma linguagem artística, uma ferramenta de pertencimento e uma comunicação capaz de desenvolver autonomia, desconstruir estereótipos e criar armaduras protetoras e libertárias, tendo como referência o imaginário de culturas africanas. *o curso prevê introdução à máquina de costura
Ponto em Verso: a poesia das mulheres negras em bordado
Blenda Maior
De 6/11 a 4/12, quartas, das 19h às 21h. Exceto dia 20/11
Nesta oficina o público será estimulado a se aproximar da poesia através de um exercício de leitura e criação com linhas e agulhas: usando técnicas de bordado para criar e bordar livremente a partir de poemas escritos por mulheres negras. Bordar coletivamente remete a técnicas ancestrais e íntimas, e é nesse estado de reflexão e paciência que busca-se ampliar as oportunidades para que, enquanto se cria frases e imagens, seja possível refletir e partilhar vivências, desconstruir estereótipos e re-criar pensamentos e realidades.
Mover Fronteiras: Sele e Abi, vamos bonecar?
com Reneé Londja
Dia 9/11, sábado, das 14h às 16h
Mover Fronteiras busca encurtar distâncias, fortalecer memórias e partilhar saberes de profissionais em situação de refúgio no Brasil. Nessa oficina, crianças acompanhadas de seus responsáveis poderão criar bonecas e bonecos com vestimentas de países africanos, criando personagens a partir do que a artesã Reneé chama de “Sele” e “Abi”, ou seja, feliz e triste, trabalhando com as crianças a dualidade de emoções que sentimos na vida.
Mover Fronteiras: Pinturas do Congo
com Lavi Kasongo
De 11 a 25/11, segundas, das 19h às 21h
Mover Fronteiras busca encurtar distâncias, fortalecer memórias e partilhar saberes de profissionais em situação de refúgio no Brasil.
Mover Fronteiras: Cores do Congo
com Lavi Kasongo
Dias 16 e 20/11, sábado e quarta, das 14h às 16h
Mover Fronteiras busca encurtar distâncias, fortalecer memórias e partilhar saberes de profissionais em situação de refúgio no Brasil. Cores de Congo é um convite para crianças e seus responsáveis pintarem a partir de cores, sons e referências desse país africano.
Crianças
No tempo que os bichos falavam
Com Agbalá Conta
Dia 15/11, sexta, das 12h às 13h
Histórias de aventuras, sabedorias e descobertas do tempo em que os bichos eram reis, guerreiros, adivinhos e cientistas. Alguns foram bons governantes e dividiram a comida e as terras igualmente, outro ao assumir o trono da floresta quase acabou com uma tradição milenar. Tem bicho que queria que o amigo doente fosse consertado por um ferreiro, e outro que achava que de tudo sabia mas nada fazia pra ajudar os outros. Uma coleção de histórias tradicionais africanas cheias de sabedorias.
Dikeledi e as voltas que o mundo dá
Com Núcleo História de Comadres
Dia 16/11, sábado, das 12h às 13h
Dikeledi é uma princesa que nasceu para trazer a paz entre os povos da África. Ela cresce aprendendo com seu avô as lições sobre as “voltas que o mundo dá” e ao morrer tem seu corpo “encantado” num instrumento nunca antes visto, o berimbau.
Dandara, a guerreira quilombola
Com Núcleo História de Comadres
Dia 23/11, sábado, das 12h às 13h
Dandara, a guerreira negra rainha do Quilombo dos Palmares foi vítima do silêncio e apagamento imposto às mulheres negras no Brasil. Ela foi uma capoeirista forte e corajosa que planejava ações de combate, liderando quilombolas na luta pela liberdade.
Passando de Raspão
Com Núcleo História de Comadres
Dia 26/11, terça, das 10h às 11h e das 13h às 14h
Dia 30/11, sábado, das 12h às 13h
O Núcleo Histórias de Comadres encontrou nos instrumentos musicais presentes no universo da Capoeira Angola a inspiração para criar narrativas e imagens. Em “Passando de Raspão” um velho mestre de capoeira conta histórias sobre o instrumento musical Reco-Reco para ajudar Onira, uma garota de 11 anos, a enfrentar com sabedoria, flexibilidade e malemolência as tempestades da vida.
Circo
Mjiba – A Boneca Guerreira
Com Cia Trupe Liuds
Dia 20/11, quarta, das 16h às 17h
A história de dois palhaços carteiros que ao se depararem com uma encomenda sem remetente, encontram algo totalmente inesperado na caixa. A partir dessa descoberta, apresentam e discutem de maneira lúdica os problemas enfrentados pelas mulheres negras na sociedade.
Ingressos:
Inteira: R$20,00 / Meia:10,00 / Credencial Plena: R$6,00
Ações para a Cidadania
Sarau Outras Matizes
com Mapa Xilográfico e convidadxs
Dia 21/11, quinta, das 19h30 às 21h30
Este Sarau encerra o projeto “Outras matizes em São Caetano”, que buscou entre Agosto e Outubro de 2019 fortalecer as discussões sobre a retomada das histórias, memórias e presenças negras e indígenas na cidade de São Caetano, através da formação de educadorxs e alunxs dos colégios Professor Vicente Bastos, Edgar Alves da Cunha e Alexandre Grigolli Padre, e inaugura caminhos e possibilidades para seguir com narrativas mais democráticas, potentes e sensíveis na cidade. Neste encontro alunas e alunos das escolas participantes apresentarão seus escritos sobre o tema, junto com convidadxs especiais que articulam a discussão na cidade de São Caetano, como Pai Robson, mestre Diolino e Samba da rua Silvia.
Feira Afro Sanca
Estação Cultura – Rua Serafim Constantino S/N – SCS
Teatro
Sankofa – um ensaio sobre as nossas mães primeiras
com Alcina da Palavra
Dia 23/11, sábado, das 15h às 16h
Sankofa, um ensaio sobre nossas mães primeiras nos apresenta duas mulheres percorrendo um caminho de autoconhecimento e de autorreconhecimento enquanto mulheres negras. No mesmo instante em que rememoram histórias de outras mulheres negras, que as antecederam e que, de alguma forma, as compõe, percebemos o passado e o presente fundirem-se no palco, nos convidando a reverenciar as nossas mães primeiras por suas trajetórias de luta.
Música
Fanta Konatê e Djembedon
Dia 23/11, sábado, das 17h às 18h
Nesta apresentação, acompanhada pelos músicos da troupe Djembedon, Fanta Konate propõe ao público uma vivência em cantos e danças. A música da artista tem forte influência do jazz do oeste africano, preservando os tambores e ritmos ancestrais. Além disso, ela dá vida às suas composições que tratam de temas sociais atuais, da África no Mundo, da dinâmica das aldeias, cidades e reflexões para o ser humano.
Gloria ao Samba
com Gloria ao Samba
Dia 24/11, domingo, das 17h às 18h
O Glória ao Samba iniciou suas atividades em 2007, após a resolução de um grupo de amigos de montar um agrupamento para pesquisar e cantar os sambas tradicionais de antigos compositores ligados às escolas de samba do Rio de Janeiro em sua fase inicial. Esse aprendizado sempre vem apoiado em base documental (partituras, recortes de jornais, revistas, livros, fotografias, discos de 78 rpm e LPs) e na oralidade, em conversas colhendo depoimentos de antigos sambistas que estiveram realmente presentes aos eventos, remontando esse elo com o passando.
Oficinas
Tranças e Miçangas
com Manifesto Crespo
Dias 23 e 24/11, sábado e domingo, das 11h às 12h
Este projeto quer revelar o cabelo crespo como suporte criativo, matéria-prima para criações artísticas e originais, a despeito da rigidez imposta pelo padrão estético do cabelo liso que oprime o corpo e a auto-estima de homens e mulheres afrobrasileiros. A atividade é uma vivência em que se busca propiciar a troca de experiências sobre o modo como cada indivíduo lida com seu cabelo e as conotações sociais e políticas interligadas ao tema, apresentando técnicas de trança jamaicana, trança nagô e dreads de lã, além de dicas e cuidados para cabelos crespos.
Oficina de Turbantes
com Manifesto Crespo
Dias 23 e 24/11, sábado e domingo, das 14h às 15h
Este projeto quer revelar o cabelo crespo como suporte criativo, matéria-prima para criações artísticas e originais, a despeito da rigidez imposta pelo padrão estético do cabelo liso que oprime o corpo e a auto-estima de homens e mulheres afrobrasileiros. A atividade é uma vivência em que se busca propiciar a troca de experiências sobre o modo como cada indivíduo lida com seu cabelo e as conotações sociais e políticas interligadas ao tema, apresentando técnicas de amarração de lenços e turbantes, além de dicas e cuidados para cabelos crespos.
Serviço:
Sesc São Caetano
Rua Piauí -554 Santa Paula – São Caetano do Sul
Ingressos: Inscrições gratuitas na Central de Atendimento – Vagas limitadas.
Telefone para informações: (11) 4223-8800
Para informações sobre outras programações acesse o portal sescsp.org.br/saocaetano
Funcionamento Espaço Brincar – De segunda a sexta, 9h às 20h, sábados e feriados, das 9h às 17h30 .
Horário de atendimento/bilheteria do Sesc São Caetano – De segunda a sexta, 11h às 20h, sábados e feriados, das 9h às 17h30 .