Março Azul: prevenção ao câncer de colorretal
Exames e mudança de estilo de vida favorecem prevenção ao câncer de colorretal
- Data: 28/02/2019 10:02
- Alterado: 28/02/2019 10:02
- Autor: Renata Nascimento
- Fonte: PMD
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Em março, a atenção está voltada para a prevenção do câncer colorretal, que atinge colo e reto, localizados na região do intestino grosso. Esse tipo de câncer é o terceiro mais frequente entre homens e o segundo em mulheres. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que nos anos de 2018 e 2019 sejam diagnosticados 36.360 novos casos de câncer de colorretal.
Em 2016, 35 moradores de Diadema foram atendidos na Rede Hebe Camargo de Oncologia. Em 2017, foram 22 pessoas. Já no ano passado, 21 munícipes realizaram tratamento no serviço estadual. Embora os números estejam caindo, é importante adotar medidas que possam incentivar uma vida saudável e prevenir a doença.
A suspeita do câncer de colorretal pode ser feita a partir da investigação de antecedentes familiares e pessoais. Pela sua complexidade, o fechamento do diagnóstico e o tratamento são realizados em âmbito estadual. Entretanto, alguns exames como colonoscopia e pesquisa de sangue oculto podem ser feitos na rede municipal e auxiliar no diagnóstico.
A porta de entrada para o sistema de saúde sempre é a Unidade Básica de Saúde (UBS), onde é possível passar em consulta com o médico generalista que, de acordo com os sintomas, encaminhará para realização de exames ou consultas especializadas. As UBSs disponibilizam grupos de orientação nutricional. A medida auxilia na prevenção, já que hábitos nutricionais estão relacionados, além do componente genético, com o aparecimento da doença. Entre os fatores de risco estão uma dieta com alto teor de gordura e pouca fibra; ingestão de carnes gordas assadas em carvão, frituras, manteiga, queijos amarelos, alimentos com corantes, alimentos salgados e defumados, como lingüiças, salames e salaminhos; ausência de exercícios físicos; fumo e álcool; idade acima dos 50 anos; presença de pólipos no intestino e reto; história familiar de câncer intestinal; antecedentes pessoais de outros tipos de câncer e doenças inflamatórias intestinais como retocolite ulcerativa e doença de Cronh.
Os sintomas dependem do tipo de câncer, da localização e extensão. Os mais comuns são fadiga e fraqueza resultante de uma hemorragia oculta.
A detecção precoce do câncer colorretal pode salvar vidas. A maioria dos casos evolui a partir de lesões benignas como pólipos, por um período de 10 a 15 anos, o que demonstra um período para detecção bastante longo. “O diagnóstico precoce de câncer do intestino, detectado em estados iniciais, possibilita tratamento adequado, com diminuição do risco à saúde do indivíduo”, explicou o secretário de Saúde, Luís Cláudio Sartori.