Dezembro Vermelho em Diadema começa com Campanha Fique Sabendo
Estímulo para testagem será intensificada na primeira semana do mês para diagnosticar mais e, consequentemente, tratar e reduzir a carga viral de pessoas que convivem com HIV
- Data: 30/11/2022 17:11
- Alterado: 15/08/2023 18:08
- Autor: Renata Nascimento
- Fonte: PMD
Campanha Fique Sabendo
Crédito:Adriana Horvath
Entre os dias 1 e 7 de dezembro, as 20 Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Diadema participarão da 15ª Campanha Fique Sabendo, para testagem de HIV e sífilis. Nesse período, será estimulada e intensificada a realização de testes para detecção de HIV e sífilis em pessoas referenciadas nas Unidades e também em situação de rua. A previsão é testar, nesse período, duas mil pessoas.
A ação promovida pela Secretaria de Saúde, por meio da Atenção Básica e do Centro de Especialidade Quarteirão da Saúde/CTA, tem o apoio do Centro Pop, ligado à Secretaria de Assistência Social e Cidadania, e dá início à programação do Dezembro Vermelho, mês destinado a chamar a atenção da população sobre prevenção, assistência e proteção dos direitos das pessoas infectadas com o HIV.
“Saber o diagnóstico é importante para receber o acompanhamento o quanto antes e, com isso, ter tratamento adequado e qualidade de vida. Nossa rede municipal está preparada para acolher, testar e tratar quem deseja fazer os testes”, afirmou a assessora da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Isabel Fuentes.
Diadema atende às metas globais 95-95-95, propostas pela UNAIDS em 2021, para que 95% das pessoas conheçam seu diagnóstico positivo para HIV; 95% das que conheçam seu diagnóstico estejam em tratamento, e 95% das pessoas que vivem com HIV e estejam em tratamento, estejam com a carga viral suprimida.
Para o coordenador do Centro de Referência (CR) às IST e Hepatites Virais de Diadema, Alexandre Yamaçake, a campanha tem o objetivo de promover o acesso ao teste e, com isso, ampliar o número de pessoas que conheçam seu status sorológico. “Além disso, visa favorecer a realização de repetição do exame para pessoas mais vulneráveis, vincular o portador do HIV à referência e ofertar o tratamento imediatamente após o diagnóstico, dando entrada ao cuidado contínuo de prevenção, diagnóstico, vinculação, tratamento, retenção e supressão viral do HIV. Já, no caso da sífilis, a testagem oportuniza o diagnóstico e tratamento de uma doença muitas vezes silenciosa”, explicou.
Quem pode fazer o teste
Pessoas com vida sexual ativa, que nunca realizaram o teste na vida ou pertencem aos grupos mais atingidos pelo HIV e pela sífilis são os principais públicos da Campanha Fique Sabendo. O horário de realização dos exames pode variar de Unidade para Unidade, por isso, quem deseja ser testado pode procurar a UBS diretamente para orientações sobre a campanha em seu território.
Como funciona
É preciso uma gota de sangue para realizar o teste rápido. O resultado é transmitido de forma sigilosa e humanizada, com orientações para prevenção às infecções sexualmente transmissíveis (IST). Se positivo, o usuário é encaminhado ao Centro de Referência (CR) às IST de Diadema para seguir acompanhamento.
A população encontra disponível preservativos (masculino e feminino) em todas as UBS, sem necessidade de triagem ou consulta. O teste rápido para detectar o vírus HIV ou a sífilis também é feito em todas as UBS durante o ano Já no CR, o exame é feito das 9h às 15h30.
Luta
Para celebrar o Dia Mundial de Luta contra a Aids, o CR e a Atenção Básica promovem, nesta quinta-feira (01/12), a palestra “Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos com foco da Rede Cuidado para os Adolescentes”, com a antropóloga Dra. Regina Figueiredo do Instituto de Saúde de São Paulo. O evento é voltado aos profissionais da rede municipal de saúde de Diadema.
A iniciativa faz parte das atividades do Dia Mundial de Luta contra Aids (01/12), que apresenta o tema “Sem Discriminação, Sem Preconceito, com Muito Respeito”. O laço vermelho ainda simboliza a solidariedade de pessoas ao redor do mundo como resposta à epidemia de aids.
Em 2022, completa 40 anos da primeira vez que a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida foi descrita – à época ainda não tinha nome de aids – e do paciente considerado zero. “Mesmo depois de quatro décadas e com mudanças no que se referente aos medicamentos, ainda enfrentamos diversas formas de estigma e discriminação. O maior desafio continua sendo o enfretamento do preconceito, fazendo disto uma barreira de acesso para pessoas vivendo com HIV e aids no país”, afirmou Yamaçake.
Serviço:
Campanha Fique Sabendo
De 01 a 07 de dezembro de 2022
Em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs).
os endereços.