Sesc Santo André abre a exposição coletiva Reformar

Artistas fazem uma experimentação colaborativa com desenhos, objetos, pinturas e intervenções baseadas na arquitetura do prédio, possibilitando um novo olhar para a unidade

  • Data: 20/10/2016 15:10
  • Alterado: 20/10/2016 15:10
  • Autor: Redação
  • Fonte: Buriti
Sesc Santo André abre a exposição coletiva Reformar

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O Sesc Santo André apresenta a exposição coletiva Reformar, dos artistas Reginaldo Pereira, Renata Cruz e Renato Leal, em outubro, e segue até fevereiro. Por meio de desenhos, objetos, pinturas e intervenções inspiradas na arquitetura do prédio, os artistas instigam o público com 19 obras que investigam o espaço expositivo, transformando-o e possibilitando um novo olhar para a unidade. O texto crítico da exposição é do curador carioca Raphael Fonseca.

Com um trabalho de pesquisa e investigação dos artistas na unidade- tendo se apropriado tanto da produção das obras, todas inéditas, quanto da expografia da exposição-, eles propõem um diálogo com obras já instaladas no Sesc Santo André, como é o caso de Luiz Sacilotto e Sandra Cinto. Os artistas buscaram elementos encontrados no edifício como formas geométricas nos pisos e paredes, escalas de cores, saliências, lugares, usos e outras especificidades para a criação de cada obra, levando em conta as características de cada um deles.

O ponto de partida da exposição foi o encontro dos artistas com o espaço do Sesc Santo André e como responder à peculiar arquitetura do prédio. Após observarem a Galeria do espaço e notar os painéis instalados para receberem obras, os artistas decidiram pela apropriação da materialidade das estruturas. No lugar de se utilizar das paredes móveis como suporte para suas obras bidimensionais e tridimensionais, a exposição traz o desejo de repensar as possibilidades expográficas a partir da apropriação escultórica dos painéis. Neles, os artistas criam trabalhos que questionam os limites da arte e colocam o espectador com o olhar vivo para o diálogo com outras obras já expostas na unidade.

Seja pelas formas ou pelas cores, os três artistas verificaram, por exemplo, que nas obras instaladas na unidade predominam as formas cúbicas e triangulares, e propõem os mesmos formatos para partes da instalação. Eles também fizeram uma pesquisa sobre as cores predominantes no prédio do Sesc Santo André, criando paletas de cores especialmente para a exposição, transpondo-as para suas obras.

O artista paulista Reginaldo Pereira apresenta nove obras: Ladeira brutalista, Calibra olhar (Sacilotto), Oculum, Protege, Série Anotação, Anotação (bandeirinha), Da série Paratodos, e duas obras da série Futebol Combinado- Empate, uma em acrílico, outra uma intervenção externa. A também paulista Renata Cruz apresenta suas aquarelas sobre papel, três obras da série Catalogação de Insignificâncias, 4 livros, Módulo e Catalogação da Arquitetura 2. Já Renato Leal apresenta três obras, duas tintas sobre madeira, intituladas Mutação e Arquitetando e um acrílico intitulado Compactação.

“Reformar” traz (desde o seu título) o desejo de repensar as possibilidades expográficas a partir da apropriação escultórica dos painéis. A naturalização, portanto, desse dado no espaço é descartada e os artistas convidam o público a estranhar o todo. (…). O desejo de reforma, por fim, nasce nessa exposição e anseia por se espalhar por diferentes esferas vitais do público”, afirma o curador Raphael Fonseca em seu texto crítico.

RENATA CRUZ
Nasceu em Araçatuba, 1964. Vive e trabalha em São Paulo. É graduada em comunicação visual pela Unesp, Bauru, SP e Educação Artística pela Unaerp, Ribeirão Preto, SP. Frequentou como aluna estrangeira a Facultad de Bellas Artes de la Universidad Autónoma de Madrid, Espanha e Pós-Graduação em Arte Integrativa, Anhembi Morumbi, São Paulo, Brasil. Entre as exposições que participou estão, Kaetemiru, time for a change – Aomori Contemporary Art Centre, em Aomori, Japão; 3ra Bienal de Montevideo: El Elpejo Enterrado, em Montevideo, Uruguai;   Dias úteis, no Centro Brasileiro Britânico, em São Paulo, Brasil; Abstración Abstração, na Galeria Fernando Pradilla, em Madri, Espanha; No reino dos camuflados, no Espacio Titilaka, em Lima, Perú; Programa de exposições, em Lisboa, Portugal; Frestas- Trienal de Artes, no Sesc Sorocaba em São Paulo, Brasil; Proposta para atualização de uma enciclopédia, na galeria Blau Projects, São Paulo, Brasil;  Sistema de trocas, na Quase Galeria-Porto, Portugal;  Exhibition Opening, Projecto Correspondencia, E/L STUDIO, Washington, USA; Boite Invalidem, na Galerie Invaliden, Berlin, Alemanha; 16 Bienal de Cerveira, em Cerveira, Portugal. Mais informações em link/http://.renatacruz.net/ e http://renatacruzportfolio.blogspot.com.br/.

RENATO LEAL
Nasceu em Santos em 1973. Vive e trabalha em São Paulo-SP. Graduado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Católica de Santos, é artista visual. Expõe regularmente desde 2004, no Brasil e no exterior, com destaque para: em 2016, participou de A Pele e a Espessura do Desenho, Casa Museu Guerra Junqueiro, e Intervenções Artísticas, 30 anos do Politécnico do Porto, Palácio das Artes, ambas com curadoria de Fátima Lambert, no Porto, Portugal; A Pele e a Espessura do Desenho, curadoria de Fátima Lambert, Sesc Ipiranga, São Paulo-SP, Brasil; em 2015,  Dinâmicas do Invisível, individual na Quase Galeria, e Em Expansão, individual na Casa do Marquês, ambas realizadas na cidade do Porto, e A Pele e a Espessura do Desenho, curadoria de Fátima Lambert, Fundação das Comunicações, Lisboa, todas em Portugal; Geografias: Antologia de Omissões e Desvelos, no Sesc Jundiaí;  43 Visões do Monte Fuji por artistas contemporâneos brasileiros, FAL, Universidade de Arte de Musashino, Tokyo, Japão. Em 2014, realizou Eterno Retorno, individual no Projeto Fidalga, e no ano anterior, Impermanência,, individual na Central Galeria, ambas em São Paulo. Em 2012, Chamo Silêncio À Linguagem-Que-Já-Não-É-Orgão-De-Nada, com curadoria de Fátima Lambert, na Quase Galeria, no Porto, e em 2009, 55 Artistas Brasileiros, na Galeria Carlos Carvalho Arte Contemporânea, e Photofidalga, no Carpe Diem Arte e Pesquisa, ambas em Lisboa. Em 2008, participou de Poéticas Da Natureza, com curadoria de Katia Canton, no MAC-USP, Parque do Ibirapuera, São Paulo-SP.

REGINALDO PEREIRA
Nasceu em Flórida Paulista, interior de São Paulo, em 1969. É formado em Arquitetura e Urbanismo pela PUC-Campinas. Já apresentou as exposições individuais III Mostra do Programa de Exposições, do Centro Cultural São Paulo, em 2007; Carta Branca, no Ateliê Aberto, em Campinas, em 2008; Medida Provisória, no Museu de Arte de Ribeirão Preto, em 2009; Abre Alas, na Galeria Triângulo, em 2012; A Ponta do Lápis e o Vespeiro, na Sala Projeto Fidalga, em 2013. Participou de exposições coletivas em São Paulo, Campinas, Colômbia, Espanha, Portugal, Alemanha, Rio de Janeiro, Japão. Ganhou o Prêmio Aquisição, do Museu de Arte de Ribeirão Preto, em 2008.

SERVIÇO:
Exposição Reformar
Com os artistas Reginaldo Pereira, Renata Cruz e Renato Leal
Até 19 de fevereiro de 2.017
Visitação: de terça a sexta, das 10h às 21h30
Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h30
Grátis
Visitas monitoradas e atendimentos a grupos agendados:
[email protected]

Sesc Santo André – Rua Tamarutaca, 302 – Vila Guiomar – Santo André
Telefone – (11) 4469-1200
Estacionamento para o show (vagas limitadas):
Credencial Plena – R$ 4 (1ª hora) | Outros – R$ 9 (1ª hora)

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  • Data: 20/10/2016 03:10
  • Alterado:20/10/2016 15:10
  • Autor: Redação
  • Fonte: Buriti









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