COFIP ABC comemora 50 anos do Polo Petroquímico do Grande ABC
Evento realizado no dia 22 de novembro destaca a importância estratégica do Polo para a região e para o desenvolvimento sustentável da indústria química nacional
- Data: 22/11/2022 18:11
- Alterado: 15/08/2023 18:08
- Autor: Redação
- Fonte: COFIP ABC
Integrantes do COFIP ABC - Da esquerda para a direita: Carlos Barbeiro (coordenador Executivo); Fábio Ferreira (conselheiro de Administração); Luíz Antônio Pazin (diretor); Francisco S. Ruiz (gerente Executivo); Max Araújo (presidente do Comitê); Oscar Devanei (conselheiro de Administração); Luís Cláudio (conselheiro de Administração)
Crédito:João José Carniel
Para celebrar os 50 anos do Polo Petroquímico do Grande ABC, o mais antigo do País, o Comitê de Fomento Industrial do Polo do Grande ABC (COFIP ABC), que reúne 17 empresas associadas, promoveu nesta terça-feira, 22 de novembro, um amplo debate com autoridades da região, representantes do setor e dos trabalhadores.
O Impacto socioeconômico do Polo na economia regional, estadual e nacional foi o tema da primeira parte do evento que teve como participantes o presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC, Aroaldo Oliveira da Silva; o presidente do Sindicato dos Químicos do ABC, Raimundo Suzart; a secretária de Desenvolvimento Econômico de Mauá, Vera Escudeiro, o prefeito de Santo André, Paulo Serra; o deputado estadual Luiz Fernando Teixeira, representante da Frente Parlamentar de Química; e o presidente do COFIP ABC, Max Araújo, e o secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, Bruno Caetano.
“É muito gratificante celebrar esses 50 anos, especialmente depois da institucionalização do Polo, uma conquista extremamente importante para o desenvolvimento não apenas das empresas que compõem o Polo, mas para a região do ABC, tanto do ponto de vista econômico como social”, afirmou o presidente do COFIP ACB durante a cerimônia de abertura do evento realizado no auditório do Estação Jardim, em Santo André.
O prefeito de Santo André, Paulo Serra, destacou que a institucionalização do Polo consolida um ambiente seguro para os investimentos, trazendo benefícios para os três municípios. “Ninguém tem dúvidas da importância econômica que o Polo representa para a região e a assinatura do decreto de institucionalização materializou essa importância”, destacou. A secretária de Desenvolvimento Econômico de Mauá, Vera Escudeiro, lembrou que, além da área de delimitação do Polo, foi instituído um comitê de governança para gerir esse processo. “Não há desenvolvimento social sem desenvolvimento econômico e o Polo é relevante não apenas para Mauá, para todo o Brasil”, disse ela.
O presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC, Aroaldo Oliveira da Silva, salientou o potencial de criação de postos de trabalho pelas empresas do Polo. “Além dos 10 mil empregos diretos e indiretos, há uma extensa cadeia produtiva que gira em torno do Polo, gerando entre 50 mil e 60 mil empregos, não apenas no ABC, mas em todo o País”.
A segunda rodada de debate, que teve como tema Inovação, sustentabilidade e tecnologia: os próximos 50 anos, contou com a presença de Max Araújo; do secretário de Desenvolvimento e Geração de Emprego do Município de Santo André (representando o Consórcio Municipal), Evandro Banzato, e o presidente Executivo Interino da ABIQUIM (Associação Brasileira da Indústria Química), André Passos.
O secretário de Santo André Evandro Banzato disse que a inovação é essencial para a perenidade das indústrias nos próximos anos. “Estão sendo discutidas com as universidades de São Paulo soluções de inovação tecnológica para que as indústrias aprimorem seus processos produtivos”.
André Passos, da Abiquim, destacou que entre os principais desafios que precisam ser superados nos próximos 50 anos estão a organização das lideranças políticas e setorial juntamente com a participação da sociedade para que sejam realizados os investimentos necessários na indústria química. “É necessário ainda estimular o incentivo fiscal para que seja gerada uma nova política pública industrial através de alternativas renováveis”, disse.
Um dos mais importantes complexos petroquímicos em operação no Brasil, o Polo do Grande ABC é responsável por 12% do PIB da indústria química nacional, o equivalente a quase R$ 50 bilhões de faturamento por ano. As empresas do Polo geram em torno de 10 mil empregos formais e contribuem com aproximadamente 60% da arrecadação total de Mauá e 25% do orçamento anual de Santo André.
Institucionalização do Polo e Fórum de Diálogo Social
Este ano, em agosto, o COFIP ABC e as prefeituras de Mauá e de Santo André assinaram os decretos municipais de delimitação da área do Polo do Grande ABC como um complexo de indústrias e empresas do setor químico, petroquímico e engarrafamento de GLP (gás liquefeito de petróleo) e de criação do Comitê Gestor de Governança do Polo. Os decretos contemplam o desenvolvimento de ações para dar suporte à operação do Polo, de forma a ampliar a sua competitividade e garantir condições de segurança e qualidade de vida para a comunidade do entorno.
Outra iniciativa importante colocada em prática em julho deste ano pelo COFIP ABC e pelas empresas associadas foi a criação de um canal de relacionamento direto com as comunidades dos municípios de Mauá, Santo André e Parque São Rafael (SP), como parte das atividades do Plano de Comunicação e Participação (PCP) que contempla várias ações para intensificar e fortalecer a comunicação com os moradores do entorno. Realizadas trimestralmente em cada município, as reuniões do Fórum de Diálogo Social são uma oportunidade para os moradores apresentarem suas opiniões, sugerirem melhorias e destacarem as demandas consideradas importantes. Trata-se de um espaço democrático de escuta ativa e de diálogo amplo entre as comunidades, representantes do órgão regulador, poder público e empresas associadas ao COFIP ABC.